Um mosaico impressionante de imagens obtidas pelo Observatório de Dinâmicas Solares (SDO) da NASA mostra os primeiros seis meses de 2024 no Sol, revelando um surpreendente número de regiões ativas no astro – também chamadas de manchas solares. 

Mancha solar hiperativa AR2975 explode em uma erupção de classe X. Crédito: SOHO/NASA

Sobre as manchas solares:

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  • O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade solar;
  • Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25;
  • Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas;
  • No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia;
  • À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem “estalar” e gerar rajadas de vento;
  • De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em jatos de plasma (também chamados de “ejeção de massa coronal” – CME);
  • Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior.

Imagem mostra 182 dias de atividade solar

O astrônomo amador Eduardo Schaberger Poupeau, de Rafaela, na província de Santa Fe, Argentina, empilhou registros diários do Sol durante todos os 182 dias de 1º de janeiro a 1º de julho. Ele diz que essa imensa quantidade de manchas é uma evidência de que estamos próximos ou em pleno máximo solar. “Desde o início de 2024, o Sol aumentou sua atividade. A presença de tantas manchas solares é uma indicação clara de que estamos perto da atividade máxima do Ciclo Solar 25”, declarou à plataforma de climatologia e meteorologia espacial Spaceweather.com.

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Usando imagens obtidas pelo Solar Dynamics Observatory (SDO), um astrofotógrafo argentino criou esta composição de 182 imagens (uma para cada dia dos primeiros seis meses de 2024) onde é possível ver todas as manchas solares que cruzaram o disco do Sol nesse período. Crédito: Eduardo Schaberger Poupeau via Spaceweather.com

Esta imagem composta mostra que as manchas solares estão concentradas em duas faixas, uma ao norte e outra ao sul do equador do Sol. À medida que o ciclo solar se desenrola, essas duas bandas convergirão para o equador, eventualmente se encontrando e se extinguindo em uma colisão de campos magnéticos de polaridade oposta. Assim, quando os polos magnéticos se inverterem, o máximo solar dará lugar ao mínimo solar.

Também é possível notar no mosaico que o hemisfério sul da estrela é mais manchado do que o norte. É comum que um hemisfério domine o outro por meses de cada vez. Neste caso, as contagens de manchas solares foram distorcidas por uma enorme mancha solar do sul (AR3664), que circulou o Sol três vezes, triplicando sua contribuição para o total desse hemisfério.

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Especialistas em clima espacial preveem que o máximo solar persista por mais dois a três anos – o que significa que ele está apenas começando.