Os reguladores do Reino Unido abriram uma investigação formal contra a Microsoft devido à contratação de toda a equipe da Inflection AI pela big tech, que fechou uma parceria com a empresa há alguns meses. 

De acordo com informações do The Verge, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA) tem um prazo até 11 de setembro para decidir se a investigação progredirá para uma segunda fase. 

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O que sabemos sobre a nova investigação contra a Microsoft: 

  • Se o caso progredir para a fase dois, então ele pode apresentar um obstáculo para as ambições de inteligência artificial (IA) da Microsoft; 
  • Embora seja cedo para ter algumas respostas sobre a investigação da Inflection AI da CMA, é fato que os resultados podem ter um impacto muito além do Reino Unido; 
  • Como exemplo, vale lembrar todo escrutínio que a Microsoft enfrentou ao decidir por uma fusão com a Activision Blizzard; 
  • A big tech foi obrigada a reestruturar seu acordo e renunciar a direitos importantes de jogos em nuvem no Reino Unido e em muitos outros mercados ao redor do mundo. 
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Imagem: HJBC / Shutterstock

Estamos confiantes de que a contratação de talentos promove a competição e não deve ser tratada como uma fusão. Forneceremos à Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido as informações de que ela precisa para concluir suas investigações rapidamente.

Robin Koch, porta-voz da Microsoft, ao The Verge.

A parceria entre Microsoft e Inflection AI chamou atenção de reguladores após a contratação do cofundador do Google DeepMind, Mustafa Suleyman, como parte das contratações de pessoal da Inflection AI – Suleyman deixou o Google em 2022 para ser cofundador da Inflection AI, e agora é CEO da Microsoft AI. 

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A CMA também sinalizou interesse na parceria da big tech com a Mistral AI, mas decidiu que ela não se qualificava para investigação sob suas regras de fusão, livrando o negócio de um longo processo. 

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Imagem: Sergei Elagin / Shutterstock.com

Não apenas suas parcerias e fusões, recentemente a Microsoft também entrou na mira da UE devido agrupar seu aplicativo Teams, seu aplicativo de bate-papo e vídeo, com assinaturas do Office 365. 

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Ela decidiu, em abril, vender o Teams separadamente de seu pacote Office em todo o mundo — isso após a big tech separar os dois produtos na Europa — em uma tentativa de evitar uma multa antitruste da União Europeia. Ao que tudo indica, no entanto, ação não foi suficiente para reguladores e empresa ainda pode ser multada pelo tipo de ‘venda casada’.