A China é alvo de diversas sanções dos Estados Unidos e de outros países do Ocidente. O objetivo é impedir que Pequim tenha acesso a tecnologias como inteligência artificial e chips semicondutores. No entanto, o Google e a Microsoft podem estar ajudando empresas chinesas a driblar estas barreiras.

Aluguel de data centers fora da China permite acesso da China aos chips de IA

Segundo informações do The Information, empresas norte-americanas têm oferecido planos de aluguel de data centers fora da China e que usam chips da NVIDIA. Dessa forma, companhias chinesas podem continuar usando todo o poder de processamento dos chips de IA mais recentes.

publicidade

Um exemplo citado diz respeito à Microsoft. A empresa disponibiliza servidores fora do território chinês com chips NVIDIA A100 e H100. Estes são os processadores mais potentes da atualidade e alvos diretos das sanções contra Pequim.

A reportagem afirma que as transações foram confirmadas por um funcionário da empresa. Ele pediu para que sua identidade não fosse revelada.

publicidade
Ilustração digital de GPU da Nvidia
Empresas chinesas teriam acesso aos chips mesmo com as sanções dos EUA (Imagem: divulgação/Nvidia)

Em resposta, o Google confirmou que os chineses podem alugar servidores fora da China para uso de IA. No entanto, a empresa alega que isso não representa nenhuma violação. Microsoft, NVIDIA e o Departamento de Comércio dos Estados Unidos não se manifestaram sobre o assunto até o momento.

Leia mais

publicidade
Emabte entre China e Estados Unidos
EUA e China travam disputa pela hegemonia tecnológica (Imagem: William Potter/Shutterstock)

Guerra dos chips

Além de fomentar a produção nacional de chips e o desenvolvimento da inteligência artificial, o governo dos Estados Unidos tenta impedir o acesso da China aos produtos. O movimento tem sido chamado de “guerra dos chips”.

Pequim foi impedida não apenas de importar os chips mais avançados, mas também de adquirir os insumos para desenvolver seus próprios semicondutores e supercomputadores avançados, e até mesmo dos componentes, tecnologia e software de origem americana que poderiam ser usados para produzir equipamentos de fabricação de semicondutores para, eventualmente, construir suas próprias fábricas para fabricar seus próprios chips.

publicidade

Além disso, cidadãos norte-americanos não podem mais se envolver em qualquer atividade que apoie a produção de semicondutores avançados na China, seja mantendo ou reparando equipamentos em uma fábrica chinesa, oferecendo consultoria ou mesmo autorizando entregas a um fabricante chinês de semicondutores.