Embora quase todos os homens e pessoas designadas como do sexo masculino tenham disfunção erétil de vez em quando, pelo menos 150 milhões de pessoas ao redor do mundo a têm regularmente. Para ajudar com esse problema, um brasileiro criou uma espécie de viagra eletrônico, que pode ser ativado com um controle remoto.

Atualmente em fase de testes, o dispositivo funciona de forma semelhante a um marca-passo, sendo um neurotransmissor em que os eletrodos são inseridos por meio de intervenção cirúrgica. Quando ativado pelo controle remoto, o dispositivo emite estímulos nos nervos, causando a ereção.

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O que é e como funciona o viagra eletrônico? 

Existem vários tipos de disfunção erétil e, portanto, os médicos envolvidos no caso buscam descobrir o que está causando os sintomas antes de recomendar um tratamento. Assim, dependendo da causa e da gravidade da disfunção erétil, e de quaisquer condições de saúde subjacentes, o paciente pode ter várias opções de tratamento.

Homem constrangido via Road Trip with Raj/Unsplash
Homem constrangido via Road Trip with Raj/Unsplash

Os tratamentos mais utilizados para problemas de ereção são o citrato de sildenafila ou tadalafila, mais conhecidos como Viagra e Cialis. Entretanto, como eles não funcionam para todos os casos, existem outras opções de tratamento mais invasivas, como injeções, cirurgias ou implantes.

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Muitas pessoas se sentem constrangidas mediante a estas situações, especialmente nos casos em que é necessário utilizar uma bomba vácuo peniana na hora do sexo. Para evitar este constrangimento, Rodrigo Araújo, o brasileiro envolvido na pesquisa do viagra eletrônico, buscou por esta outra solução.

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O que é o viagra eletrônico?

O viagra eletrônico é, portanto, um dispositivo que auxilia nos estímulos nervosos que causam a ereção. Inserido cirurgicamente por debaixo da pele na região pélvica, o chamado CaverSTIM tem como objetivo trazer conforto e discrição para quem sofre com a disfunção erétil. 

Aparelho CaverSTIM, o viagra eletrônico, é implantado debaixo da pele na região da pelve (Imagem: Comphya/reprodução)
Aparelho CaverSTIM, o viagra eletrônico, é implantado debaixo da pele na região da pelve (Imagem: Comphya/reprodução)

Quem pode usar o viagra eletrônico?

Nesta primeira fase de testes, que foi um sucesso, o dispositivo foi implantado em 12 pacientes que tiveram câncer e precisaram passar por cirurgia para retirar a próstata. Isso pode resultar na disfunção erétil pois, ao remover a próstata, os nervos da região são afetados e podem parar de captar os estímulos necessários para a ereção. 

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Para estes casos, o CaverSTIM é empregado apenas como parte do processo de reabilitação, por um período pré-determinado pelo médico. Em outras palavras, este não é um recurso permanente, visto que os pacientes que se submeteram à terapia conseguiram recuperar a função erétil normal.

Casal em momento de intimidade via We-Vibe Toys/Unsplash
Casal em momento de intimidade via We-Vibe Toys/Unsplash

Em outras situações, como os casos de lesão medular, o aparelho é inserido e opera de maneira similar, estimulando os nervos locais. Entretanto, sua aplicação não se dá como tratamento, e deve ser utilizada de maneira contínua.

A próxima etapa de testes deve abranger 150 pessoas do sexo masculino que sofrem com algum tipo de disfunção, não necessariamente apenas aqueles que passaram por cirurgia de próstata ou que possuem lesão medular. 

Como funciona o viagra eletrônico

Por baixo da pele, o dispositivo é colocado na região pélvica como um eletrodo, levando estímulo até os nervos. No caso de pacientes com lesão medular e outras doenças, os eletrodos são implantados diretamente na próstata. Então, por meio da ativação feita pelo controle remoto, os nervos são estimulados por pequenos impulsos elétricos, causando a ereção.