A calvície é uma dor de cabeça para muitas pessoas (tanto homens quanto mulheres) e diferentes abordagens são utilizadas para tratar o quadro. Dentre elas, podemos citar o transplante capilar: um procedimento cirúrgico realizado no couro cabeludo que, após alguns meses, pode trazer um resultado muito satisfatório e devolver a autoestima dos pacientes.

Há duas técnicas para a realização do transplante. Mas para qual tipo de calvície o procedimento é indicado e quais os riscos cirúrgicos? Confira as respostas para essas e outras perguntas a seguir.

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O que é o transplante capilar?

O transplante capilar é um procedimento cirúrgico pouco invasivo no qual o profissional capacitado transplanta os folículos pilosos de uma região do corpo do paciente para a área calva ou com cabelos muito rasos. A técnica é utilizada no tratamento da calvície e pode ser aplicada tanto em homens quanto em mulheres.

Imagem mostra o cantor Harry Styles puxando o cabelo molhando para trás e expondo sua calvície
Imagem mostra a calvície do cantor Harry Styles (Reprodução: Lev Radin/Pacific Press via Zuma Press)

Geralmente, são capturados os folículos da nuca ou das regiões laterais do couro cabeludo e só então ocorre a aplicação nas áreas necessárias. No momento, há duas técnicas utilizadas para fazer o transplante e ambas são realizadas para restabelecer o fluxo de crescimento natural do cabelo.

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Após a realização do procedimento cirúrgico, o cabelo volta a crescer normalmente na área que recebeu o transplante. Já no caso de pacientes que não tem folículos pilosos o bastante (ou seja, retirar o folículo de um local da sua cabeça e transplantar em outro local), o indicado é que seja realizado um implante capilar. Nesse último caso, o implante capilar é a inserção de fios artificiais na região calva do paciente: o que tende a imitar a aparência e movimento de fios orgânicos, mas não estimula crescimento e ficará sempre do mesmo tamanho.

Para quem é indicado o transplante capilar?

O transplante capilar é indicado para quem sofre com uma perda significativa de cabelo, como é o caso da calvície, e para os que desejam esconder cicatrizes no couro cabeludo –– adquiridas por lesões ou procedimentos cirúrgicos.

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Imagem mostra antes e depois de um transplante capilar
Antes e depois de transplante capilar (Reprodução: André Giannini)

Contudo, para quem não tem folículos pilosos o bastante para o transplante, o ideal é o implante. Para os demais casos, o transplante capilar é contraindicado para pacientes com doenças do couro cabeludo que não foram tratadas (como infecções, dermatite e psoríase), pacientes com quadros preocupantes de diabetes e hipertensão, ou qualquer pessoa com altas chances de problemas de saúde após procedimentos cirúrgicos (como alguns casos de hemofilia).

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Como é realizado o transplante capilar?

Duas técnicas são utilizadas para a realização do transplante: o Transplante de Unidade Folicular (FUT) e a Extração de Unidade Folicular (FUE). Na primeira técnica, uma “parte” do couro cabeludo é extraída para utilizar os folículos pilosos: a região doadora é suturada e a receptora recebe o transplante. A segunda técnica, contudo, não extrai uma faixa do couro cabeludo, mas cada um dos folículos: são retirados individualmente e transplantados na região calva.

O procedimento cirúrgico possui um tempo bastante variável: tudo vai depender da extensão do couro cabeludo a receber o transplante e da técnica utilizada, mas costuma durar entre 4 a 10 horas. Além disso, enquanto algumas pessoas precisam realizar o transplante apenas uma vez, outras precisam de mais sessões para alcançar o tratamento desejado.

Imagem demonstra a retirada de um folículo piloso do couro cabeludo utilizando uma pinça especial
Imagem demonstra a extração do folículo piloso do couro cabeludo (Reprodução: Antonio Ruston, Monica Rocco, Ricardo Baroudi)

Mas é preciso raspar a cabeça? Isso vai depender da técnica utilizada e do diagnóstico que o médico fizer do seu couro cabeludo. Para a execução da técnica FUE, por exemplo, é comum que a cabeça precisa ser raspada.

O transplante só pode ser realizado por um cirurgião plástico certificado para esse tipo de procedimento, portanto, antes de pagar pela cirurgia, investigue se o médico é capacitado.

Após o procedimento, a região que sofreu o transplante pode apresentar vermelhidão, inchaço e crostas, mas tudo isso é normal e já esperado. A aparência final fica aparente entre seis meses a um ano após a cirurgia.

Quais os riscos do transplante capilar?

O transplante capilar é um procedimento cirúrgico, e como tal, é arriscado, assim como quaisquer outros tipos de cirurgia. Dentre as complicações possíveis, o paciente pode enfrentar inchaço, infecções, sangramentos, dormência, foliculite, coceira, etc.

Alguns homens, inclusive, têm medo que o procedimento cause impotência sexual, mas é importante frisar que essa preocupação não faz sentido e tampouco possui qualquer respaldo científico.

Quanto custa um transplante capilar?

O preço do transplante capilar varia de acordo com a técnica utilizada e do grau de calvície apresentado pelo paciente. Algumas cirurgias facilmente ultrapassam R$ 30 mil.

Qual a diferença entre transplante e implante capilar?

O transplante capilar consiste em retirar alguns folículos pilosos da cabeça do paciente e transplantá-los nas zonas calvas. Já o implante consiste em fios falsos (artificiais) que são implantados no couro cabeludo: tem aparência e movimento similares aos cabelos naturais, mas não estimula o cresimento.