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Desde as últimas Olimpíadas de Paris, a cidade aqueceu 1,8 °C e registrou 50 ondas de calor entre 1947 e 2023. A informação é de um novo relatório da Associação Britânica para o Esporte Sustentável e do grupo de defesa do clima FrontRunners.
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Nele, cientistas também acendem um alerta sobre os impactos do calor extremo na saúde dos atletas. Se as altas temperaturas coincidirem com as datas das competições, além de afetarem o desempenho dos esportistas, no pior dos cenários, podem colocar a vida deles em risco.
O estudo “Anéis de fogo: riscos de calor nas Olimpíadas de Paris 2024″ pode ser acessado clicando aqui.

O limite de temperatura que um esportista pode aguentar
- Segundo os pesquisadores, um ambiente quente e úmido pode afetar a capacidade do corpo de perder o calor necessário para manter o organismo saudável.
- Em situações de exposições prolongadas e esforços intensos, como nos jogos, pode ter consequências graves para os atletas.
- Para medir o impacto do calor, utiliza-se a Temperatura de Bulbo Úmido (WBGT), que considera temperatura do ar, umidade, movimento do ar e calor radiante.
- Um estudo de 2022 mostra que jovens saudáveis começam a ter dificuldade em regular a temperatura corporal com WBGT de 31°C, equivalente a 30°C de temperatura do ar com alta umidade.
- Verões mais quentes e úmidos que o normal em Paris aumentam o risco de queimaduras solares, cãibras, exaustão e insolação.
Leia mais:
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As competições podem ser canceladas se a temperatura ameaçar a saúde dos atletas
Para proteger os atletas, autoridades esportivas estabeleceram limites de WBGT. No tênis, por exemplo, um WBGT de 30,1°C aciona uma pausa de 10 minutos, e com 32,2°C o jogo pode ser suspenso. No triatlo, eventos são cancelados com WBGT acima disso. No hóquei, a segurança só é ativada com temperaturas do ar acima de 35°C.
Ainda não é consenso de que estes limites são rigorosos o suficiente para manter a segurança dos esportistas. No ano passado, um estudo revelou que o hóquei foi um dos esportes mais afetados pelo calor nas Olimpíadas de Tóquio em 2020. Segundo o novo relatório, pelo menos um jogador sofreu insolação e três outros tiveram doenças relacionadas ao calor.
Dado isso, é particularmente preocupante que — apesar da ameaça de ondas de calor durante as Olimpíadas de Paris — a Federação Internacional de Hóquei (FIH) esteja permitindo apenas que reservas sejam selecionados entre os times de 16 pessoas.
Trecho do relatório
Os cientistas pedem que as autoridades revisem a programação dos eventos para evitar extremos de calor, melhorem os protocolos de segurança, reavaliem o patrocínio de combustíveis fósseis e capacitem os atletas para falarem sobre os efeitos das mudanças climáticas em seus esportes.