Uma reportagem publicada nesta quinta-feira (25) pela TSN – rede de TV por assinatura do Canadá – alega que os times de futebol masculino e feminino do país vêm espionando equipes adversárias há anos, com e sem o uso de drones. Recentemente, a seleção do país se envolveu em um caso de espionagem nas Olimpíadas de Paris.
Entenda:
- No começo da semana, um drone controlado pelo Canadá foi visto sobrevoando um treino da equipe feminina de futebol da Nova Zelândia;
- A TSN alega que o país já vinha espionando outras equipes há muitos anos;
- A reportagem aponta que a seleção feminina usou táticas de espionagem durante as Olimpíadas de Tóquio em 2021 e a Copa do Mundo Feminina em 2022;
- A seleção masculina do Canadá também teria filmado treinos dos EUA em 2019 e uma partida nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2021;
- A Canada Soccer suspendeu Bev Priestman, técnica da seleção feminina, e afirmou estar investigando o caso.
![Bandeira das Olimpíadas de Paris com Torre Eiffel ao fundo](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2024/02/Olimpiadas-Paris-2024-1024x576.jpg)
Na segunda-feira (22), um drone foi visto sobrevoando o treino da equipe feminina de futebol da Nova Zelândia. As autoridades francesas apontaram o envolvimento de Joseph Lombardi e Jasmine Mander, membros da comissão técnica do Canadá. Bev Priestman, técnica da seleção feminina canadense, foi suspensa da competição.
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Canadá espionou outras equipes antes das Olimpíadas de Paris
De acordo com a TSN, a equipe canadense teria usado as mesmas táticas de espionagem durante as Olimpíadas de Tóquio em 2021 – quando a equipe feminina do país levou a medalha de ouro – e na Copa do Mundo Feminina em 2022. O mesmo se aplica à seleção masculina, que teria filmado treinos dos EUA em 2019 e uma partida nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2021.
![drone militar](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2024/04/drone-militar-1024x682.jpg)
Fontes entrevistadas pela TSN relatam intimidação e até demissões por se recusarem a participar das atividades de espionagem: “Disseram: ‘Se você não se sentir confortável em fazer isso, você não tem um lugar na equipe’. […] Algumas das pessoas que tiveram que gravar ou revisar as filmagens disseram a alguns membros da equipe o quão desconfortável era para elas.”
Além da suspensão de Priestman, a Canada Soccer (Federação de Futebol do Canadá) anunciou que está investigando o caso, e que não considerou a retirada da seleção dos Jogos: “Apoiamos nossos jogadores como atletas olímpicos e seu direito de estar aqui e de competir.”