Uma reportagem publicada nesta quinta-feira (25) pela TSN – rede de TV por assinatura do Canadá – alega que os times de futebol masculino e feminino do país vêm espionando equipes adversárias há anos, com e sem o uso de drones. Recentemente, a seleção do país se envolveu em um caso de espionagem nas Olimpíadas de Paris.

Entenda:

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  • No começo da semana, um drone controlado pelo Canadá foi visto sobrevoando um treino da equipe feminina de futebol da Nova Zelândia;
  • A TSN alega que o país já vinha espionando outras equipes há muitos anos;
  • A reportagem aponta que a seleção feminina usou táticas de espionagem durante as Olimpíadas de Tóquio em 2021 e a Copa do Mundo Feminina em 2022;
  • A seleção masculina do Canadá também teria filmado treinos dos EUA em 2019 e uma partida nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2021;
  • A Canada Soccer suspendeu Bev Priestman, técnica da seleção feminina, e afirmou estar investigando o caso.
Bandeira das Olimpíadas de Paris com Torre Eiffel ao fundo
Espionagem nas Olimpíadas de Paris não foi caso isolado, aponta reportagem. (Imagem: kovop/Shutterstock)

Na segunda-feira (22), um drone foi visto sobrevoando o treino da equipe feminina de futebol da Nova Zelândia. As autoridades francesas apontaram o envolvimento de Joseph Lombardi e Jasmine Mander, membros da comissão técnica do Canadá. Bev Priestman, técnica da seleção feminina canadense, foi suspensa da competição.

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Canadá espionou outras equipes antes das Olimpíadas de Paris

De acordo com a TSN, a equipe canadense teria usado as mesmas táticas de espionagem durante as Olimpíadas de Tóquio em 2021 – quando a equipe feminina do país levou a medalha de ouro – e na Copa do Mundo Feminina em 2022. O mesmo se aplica à seleção masculina, que teria filmado treinos dos EUA em 2019 e uma partida nas eliminatórias da Copa do Mundo de 2021.

drone militar
Drone canadense foi visto sobrevoando treinos da seleção da Nova Zelândia. (Imagem: Oleksii Alieksieiev/Shutterstock)

Fontes entrevistadas pela TSN relatam intimidação e até demissões por se recusarem a participar das atividades de espionagem: “Disseram: ‘Se você não se sentir confortável em fazer isso, você não tem um lugar na equipe’. […] Algumas das pessoas que tiveram que gravar ou revisar as filmagens disseram a alguns membros da equipe o quão desconfortável era para elas.”

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Além da suspensão de Priestman, a Canada Soccer (Federação de Futebol do Canadá) anunciou que está investigando o caso, e que não considerou a retirada da seleção dos Jogos: “Apoiamos nossos jogadores como atletas olímpicos e seu direito de estar aqui e de competir.”