Em um encontro internacional sobre exploração espacial, realizado na cidade de Huangshan, na província de Anhui, na China, o país revelou um plano atualizado para sua Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), dividindo sua implementação em duas fases. A conclusão da primeira é prevista para 2035, com a construção de uma base no polo sul da Lua.

Sobre a Estação Internacional de Pesquisa Lunar:

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  • Inicialmente desenvolvido em conjunto com a Rússia e divulgado em 2021, o projeto previa a construção de uma base robótica na Lua por meio de cinco lançamentos de foguetes entre 2030 e 2035;
  • No entanto, a China assumiu a liderança e apresentou novos detalhes na última quinta-feira (5), durante a Conferência Internacional de Exploração do Espaço Profundo;
  • Planejada para ser concluída até 2035, a primeira fase envolve a criação de uma base próxima ao polo sul lunar;
  • A segunda, a ser realizada até 2050, ampliará a infraestrutura com a construção de uma rede de estações em diferentes pontos da Lua, incluindo o equador e o lado oculto do satélite. 
Representação artística da Estação Internacional de Pesquisa Lunar da China. Créditos: CNSA

“O modelo estendido será uma rede abrangente de estações lunares que utiliza a estação de órbita lunar como seu hub central e a estação do polo sul como sua base primária, e incluirá nós de exploração no equador lunar e no outro lado da Lua”, disse Wu Yanhua, designer-chefe do projeto chinês de exploração do espaço profundo, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.

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Essa rede lunar será alimentada por fontes diversas de energia, como geradores solares, radioisótopos e nucleares. A infraestrutura também contará com redes de comunicação de alta velocidade entre a Terra e a Lua, além de veículos especializados para operações no solo lunar, incluindo rovers não tripulados e pressurizados para missões tripuladas. 

Segundo Wu, esses avanços tecnológicos visam não apenas facilitar a exploração lunar, mas também servir de base para futuras missões humanas a Marte.

A China tem se esforçado para atrair parceiros internacionais para o ILRS. Durante o evento, o Senegal tornou-se o 13º país a integrar o projeto. Essa colaboração busca consolidar a liderança chinesa na exploração espacial, em paralelo ao programa Artemis, liderado pela NASA, que também tem como objetivo estabelecer presença humana na Lua. EUA e China estão disputando quem vai enviar astronautas ao satélite primeiro até o fim desta década.