Novo robô humanoide aprende rápido e tem mãos ‘quase humanas’

O GR-2 também surpreende pelas habilidades com as mãos 'quase humanas'; empresa planeja utilizá-lo no cuidado de idosos.
Por Bob Furuya, editado por Bruno Capozzi 02/10/2024 06h10, atualizada em 04/10/2024 01h29
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Sabe o que é mais fascinante do que um robô humanoide? Um robô humanoide de 2ª geração! Veja o caso da chinesa Fourier Intelligence, de Xangai. O seu primeiro modelo, o GR-1, foi concebido para suprir a escassez de mão de obra na área da saúde.

À época, a empresa ganhou destaque na imprensa por anunciar uma produção em massa do modelo. Agora, o GR-2 apresenta melhorias em quase todos os aspectos. Ele é maior, mais inteligente e possui mãos ‘quase humanas’, que são extremamente importantes na realização de tarefas delicadas.

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O GR-2 também é muito mais… bonito. Seu acabamento é claramente superior em relação ao antecessor. E, apesar da cor metálica, a Fourier usou uma espécie de plástico resistente na carroceria. Isso reduz bastante os custos – e é por isso que a empresa consegue produzir em larga escala.

A evolução do humanoide

  • O GR-2 tem 1,75 de altura, 11 centímetros a mais do que o GR-1.
  • Ele também ficou um pouco mais pesado: 63 kg contra 55 kg do irmão mais velho.
  • Apesar disso, ele está mais ágil e mais habilidoso.
  • Muito por causa das novas mãos.
  • Se antes elas eram esqueléticas e finas, agora elas têm uma aparência muito mais sofisticada (e são bem flexíveis e articuladas).
  • A Fourier não confirma, mas, pelo vídeo, acredito que as mãos sejam acionadas por um sistema elétrico (e não hidráulico).
  • Vale destacar que, apesar de lindas, essas mãos não são assim tão fortes.
  • Elas aguentam carregar 3 quilos no máximo.
  • Ou seja, o GR-2 não foi feito para trabalhar em fábricas, como o robô da Figure AI, que vai montar carros da BMW.
  • Como já disse, a Fourier concebeu seus humanoides da série GR como ajudantes domésticos para pacientes idosos e deficientes.
  • A ideia é que eles atuem em países com populações que envelhecem rapidamente e sem garantia de que trabalhadores humanos estarão por perto para ajudar as pessoas a entrar e sair de camas e cadeiras de rodas.
  • Uma realidade cada vez mais comum na Ásia.
Talvez o grande destaque dessa nova geração sejam as mãos quase humanas do GR-2 – Imagem: Reprodução/Fourier Intelligence

Aprendizado e IA

O GR-2 também dá um passo adiante quando o assunto é Inteligência Artificial. Os seus sistemas de IA de bordo são projetados para aprender observando ou fazendo. Como ficou demonstrado no vídeo, o robô pode pegar objetos com delicadeza e até mesmo mexer em uma tela touchscreen. Ele aprendeu até mesmo a acenar deitado numa cadeira de praia!

Fisicamente, o humanoide, assim como vários outros dessa atual safra, parecem prontos para inserção na sociedade. O grande problema ainda é o treinamento deles e das IAs.

O banco de dados é extenso e as experiências são, na maioria das vezes, bem-sucedidas. Os desenvolvedores, porém, ainda são cautelosos, principalmente no quesito segurança (ainda mais no caso dessa máquina que vai cuidar sozinha de idosos).

De qualquer maneira, o bom caminho parece estar sendo trilhado. E dentro de alguns anos você provavelmente vai esbarrar com um desses trabalhando por aí.

As informações são do New Atlas.

Bob Furuya
Colaboração para o Olhar Digital

Roberto (Bob) Furuya é formado em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atua na área desde 2010. Passou pelas redações da Jovem Pan e da BandNews FM.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.