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A Nvidia responde hoje por mais de 80% dos chips de Inteligência Artificial no mercado. Com a demanda por esse tipo de produto aumentando cada vez mais, a gigante americana planeja ampliar os negócios. E isso passa por uma maior capacidade de produção.
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Uma curiosidade é que a Nvidia detém a tecnologia, mas não é ela quem produz necessariamente todos esses chips. Isso é responsabilidade de uma parceira da multinacional: a também gigante Foxconn.
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Muita gente que não é do ramo não faz ideia do papel da Foxconn. A empresa taiwanesa é a maior fabricante terceirizada de eletrônicos do mundo. Além da Nvidia, ela tem entre seus clientes a Apple: sim, é ela quem monta os iPhones, por exemplo. Também cuida de vários consoles de última geração.
O foco agora da companhia, no entanto, são esses chips de IA. E é por isso que a Foxconn acaba de anunciar construção de uma fábrica específica para esse tipo de tecnologia. Mas não será uma fábrica comum: de acordo com executivos, ela será a maior do mundo.
Destino: México
- A planta que vai fabricar “superchips” GB200, da Nvidia, será construída no México.
- O presidente da Foxconn, Young Liu, deixou a informação vazar em conversa com jornalistas americanos.
- Ele, no entanto, não deu mais detalhes.
- Não sabemos, por exemplo, em qual estado mexicano a fábrica vai operar.
- O que sabemos é que a companhia de Taiwan já tem uma grande presença no país e investiu mais de US$ 500 milhões até o momento no Estado de Chihuahua.
- Sobre os “superchips” GB200, eles são fundamentais na arquitetura de computação Blackwell, voltada para Inteligência Artificial.
- Young Liu disse recentemente que a cadeia de suprimentos da empresa está pronta para a IA.
- Afirmou ainda que seus recursos de fabricação incluem “tecnologias avançadas de resfriamento líquido e dissipação de calor necessárias para complementar a infraestrutura do servidor GB200”.
Foxconn e as “fábricas de IA”
Vale lembrar que a Foxconn anunciou no ano passado uma parceria justamente com a Nvidia para criar “fábricas de IA”. Nós falamos aqui no Olhar Digital sobre esse assunto.
Esses locais são centros de processamento de dados que prometem impulsionar a fabricação de produtos de próxima geração, incluindo a otimização da direção autônoma e outras tecnologias relacionadas a veículos elétricos.
Esse é um ramo, aliás, com o qual a Foxconn mantém seu comprometimento.
Indagado por jornalistas sobre a queda na demanda pelos EVs, o presidente Young Liu garantiu que a empresa continua aplicada nesse objetivo:
“É a direção certa e continuaremos trabalhando duro para isso”, disse ele.
Liu acrescentou que as montadoras “não precisam mais fabricar o carro inteiro sozinhas”, dando a entender que a Foxconn vai continuar lucrando ao produzir componentes para uma clientela cada vez mais diversificada.
As informações são da Reuters.
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