Com Trump ou Kamala, ‘guerra’ tech entre China e EUA deve continuar

Independentemente do vencedor das eleições, novas restrições e tarifas prometem intensificar a disputa pela liderança tecnológica
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Bruno Capozzi 23/10/2024 17h57
Bandeiras de Estados Unidos e China
Imagem: Knight00730/Shutterstock
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A tensão tecnológica entre EUA e China deve se intensificar, independentemente de Donald Trump ou Kamala Harris vencerem as eleições presidenciais em 5 de novembro. A análise é da Reuters.

Ambos os candidatos planejam implementar novas regras para restringir a importação de tecnologia chinesa, incluindo chips e veículos inteligentes.

Harris, se eleita, promete adotar uma abordagem mais coordenada, trabalhando com aliados internacionais para proteger as capacidades militares e de inteligência da China. Ela busca garantir que os EUA liderem a competição no século XXI, evitando que a tecnologia americana beneficie o potencial militar chinês.

Já Trump tende a agir de forma mais rápida e agressiva, utilizando tarifas elevadas sobre importações chinesas como uma ferramenta para combater o avanço tecnológico do país asiático.

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Importação de tecnologia chinesa terá obstáculos com qualquer um dos dois possíveis presidentes dos EUA – Imagem: William Potter/Shutterstock

Os especialistas acreditam que a administração Trump será mais propensa a punir aliados que não se alinharem com suas políticas, agindo com um enfoque mais direto, enquanto Harris pode focar em uma estratégia mais diplomática.

EUA seguem em busca de minar o crescimento tecnológico chinês

  • Essa diferença nas abordagens reflete o crescente reconhecimento da necessidade de desacelerar o fluxo de tecnologia e produtos que possam fortalecer a China, especialmente nas áreas críticas como inteligência artificial e fabricação de semicondutores.
  • Recentemente, os EUA propuseram regras para manter carros conectados fabricados com componentes chineses fora das ruas e já aprovaram uma lei que exige a venda do TikTok por sua controladora chinesa até o próximo ano, ou sua proibição.
  • Essa disputa está longe de ser apenas uma questão comercial; é uma luta pela hegemonia tecnológica global.

A China, por sua vez, respondeu a essas tensões com suas próprias restrições de exportação, evidenciando a natureza complexa e dinâmica da guerra tecnológica entre as duas potências.

Em suma, a disputa está prestes a se intensificar, com ambos os lados prontos para tomar medidas que moldarão o futuro das relações internacionais e do comércio global.

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Guerra tecnológica entre os dois países promete mais capítulos tensos e parece longe de acabar (Imagem: Quality Stock Arts / Shutterstockcom)
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.