Algumas pessoas podem enxergar mais cores que outras – e a ciência explica

Uma mutação genética que só ocorre em mulheres faz com que a pessoa possa observar uma gama de cerca de 100 milhões de cores a mais
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 24/10/2024 09h55
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Imagem feita com inteligência Artificial. Alessandro Di Lorenzo/Olhar Digital/DALL-E
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Alguns animais têm uma visão melhor do que a dos humanos. Mas você sabia que existem diferenças na forma de enxergar o mundo dentro da nossa própria espécie? Algumas pessoas enxergam menos cores do que as demais, enquanto outras podem ver muito mais.

Daltonismo é bastante conhecido

  • Estamos falando de duas condições diferentes, sendo a primeira delas mais conhecida.
  • O daltonismo se trata de uma mutação genética na qual o indivíduo nasce com apenas dois cones nos olhos, um a menos do que pessoas que não têm essa alteração na visão.
  • Isso faz com que os daltônicos não consigam enxergar cerca de um milhão de tons.
  • A maioria das pessoas com a condição são homens e é possível descobrir se você faz parte deste grupo com este simples teste abaixo.
Caso não consiga enxergar os números dentro dos círculos, você faz parte do grupo de daltônicos (Imagem: reprodução/Instituto Optométrico dos Olhos)

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Tetracromatismo possibilita enxergar mais cores

Já a segunda condição é o tetracromatismo. Ela também é uma mutação genética, mas que faz com que a pessoa tenha quatro cones, o que proporciona observar uma gama de cerca de 100 milhões de cores a mais. Esta alteração só ocorre em mulheres, uma vez que se origina de mutações ligadas ao cromossomo X.

Quem tem tetracromatismo consegue identificar uma letra dentro de cada círculo (Imagem: reprodução/Instituto Optométrico dos Olhos)

Recentemente, um estudo publicado na revista ScienceDirect apontou que “a relação entre a existência de uma quarta classe de cone retinal e a dimensionalidade da visão das cores é mais complexa do que se pensava anteriormente”. Ainda existem poucas pesquisas sobre o tema e não se sabe exatamente como isso afeta a visão das mulheres.

Segundo os pesquisadores, é possível que a tetracromacia ocorra em diferentes intensidades. Algumas mulheres conseguem ver apenas alguns tons de cores a mais, enquanto outras podem distinguir muitas tonalidades extras.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

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