Jato gigante de 13 mil anos-luz saído de buraco negro é registrado em detalhes 

Um dos alvos do satélite IXPE, a galáxia Centaurus A revelou detalhes inéditos de um jato gigante de um buraco negro
Lucas Soares25/10/2024 16h30
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No centro desta galáxia, Centaurus A, há um buraco negro supermassivo alimentando-se do gás e da poeira que o cercam, e grandes jatos de partículas de alta energia e outros materiais sendo expelidos. Crédito: Raio X: (IXPE): NASA/MSFC/IXPE/S. Ehlert et al.; (Chandra): NASA/CXC/SAO; Óptico: ESO/WFI; Processamento de imagem: NASA/CXC/SAO/J.Schmidt
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A Via Láctea tem suas vizinhas e uma das mais “próximas” é a Centaurus A. A galáxia, que chama a atenção pelos jatos que saem o buraco negro supermassivo em seu centro, foi alvo do telescópio espacial IXPE.

Os enormes jatos formados por partículas de alta energia e matéria que são ejetados do centro do buraco negro já foram vistos outras vezes, mas dessa vez, o destaque ficou para o tamanho colossal desse rastro: 13 mil anos-luz.

O objetivo do estudo atual e das novas observações é entender o que causa a emissão de raios-x nos jatos expelidos pelo buraco negro da Centaurus A. 

Até o momento, poucas respostas foram encontradas. Por enquanto, os cientistas já sabem que essa emissão não é causada por partículas pesadas como elétrons e prótons, mas mais dados estão sendo analisados.

Localizada a 12 milhões de anos-luz da Terra, a Centaurus A está cheia de poeira, que são as listras escuras que envolvem seu exterior. O buraco negro supermassivo dessa galáxia tem massa 55 milhões de vezes maior que a do Sol.

Representação artística do observatório IXPE no espaço observando o universo em raios-X. Crédito: NASA

Como funciona o satélite IXPE da NASA?

Lançado em 9 de dezembro de 2021 a bordo de um foguete Falcon 9 da SpaceX, o IXPE funciona analisando mudanças na polarização da luz de raios-X, que contém pistas sobre como são esses objetos e ajuda os cientistas a entender melhor esses fenômenos.

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Com esse satélite, os astrônomos são capazes de refinar a estrutura e estudar os mecanismos que alimentam esses tipos de objetos cósmicos enigmáticos.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

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