Satélite da SpaceX cai na Terra deixando um rastro de fogo no céu

Dezenas de testemunhas observaram o fenômeno causado pela reentrada de um satélite Starlink, da SpaceX, na atmosfera terrestre
Flavia Correia12/11/2024 16h15, atualizada em 12/11/2024 16h17
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Satélite Starlink-4682, da SpaceX, reentrando na atmosfera da Terra. Crédito: Reprodução/Redes Sociais
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No último domingo (10), por volta de 1h da manhã (pelo horário de Brasília), uma intensa bola de fogo foi avistada no céu de algumas localidades dos EUA, deixando um rastro luminoso. Dezenas de testemunhas relataram o fenômeno, que teria sido causado pela reentrada de um satélite Starlink, da SpaceX, na atmosfera.

A Sociedade Americana de Meteoros, uma entidade científica focada no estudo desses fenômenos, recebeu 36 relatos de observadores nos estados de Colorado, Kansas, Texas e Oklahoma. Segundo depoimentos, o objeto incandescente se desfez em fragmentos ao cruzar o céu.

Captura de tela de um vídeo gravado em Burlington, no Kansas, EUA, enviado à Sociedade Americana de Meteoros, mostrando uma bola de fogo cruzando o céu na noite de 10 de novembro de 2024. Créditos: AMS / Jim Saueressig II

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Satélite foi lançado pela SpaceX em 2022

O termo “meteoro” se refere ao efeito luminoso de uma rocha espacial ao atravessar a atmosfera. Com o atrito, ela se aquece e se incendeia, formando o que popularmente se conhece como “estrela cadente”.

De acordo com o astrônomo Jonathan McDowell, do Centro de Astrofísica Harvard–Smithsonian, neste caso, no entanto, o fenômeno não foi causado por uma rocha, mas sim pelo satélite Starlink-4682 – dispositivo lançado pela SpaceX em 2022 para compor sua megaconstelação de satélites para internet.

Em um dos comentários da publicação no X (antigo Twitter), um seguidor questiona McDowell sobre a frequência dessas reentradas e o impacto delas na atmosfera. Em resposta, o especialista confirmou que elas ocorrem quase diariamente e que, sim, podem afetar a camada de ozônio. 

McDowell e outros pesquisadores alertam que os impactos da reentrada de satélites na atmosfera ainda não estão totalmente claros, mas é conhecido que a queima desses equipamentos libera óxido de alumínio. E esse composto químico pode modificar a camada de ozônio, fundamental para proteger a Terra da radiação solar.

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.