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A OpenAI, criadora do ChatGPT e um dos principais nomes no desenvolvimento de inteligência artificial (IA), enfrenta críticas crescentes e um processo judicial ao anunciar sua intenção de transformar sua estrutura corporativa.
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A empresa, que começou como uma organização sem fins lucrativos, busca atrair mais investimentos ao se tornar uma corporação de benefício público com fins lucrativos.
OpenAI: reestruturação e busca por capital
- Em comunicado recente, a OpenAI declarou que precisa levantar “centenas de bilhões de dólares” para competir com outros líderes da indústria de IA;
- A solução, segundo a empresa, seria adotar estrutura que combine elementos lucrativos e objetivos sociais;
- Sob o novo modelo, a OpenAI seria liderada por uma corporação sediada em Delaware (EUA), com ações ordinárias, enquanto a parte sem fins lucrativos assumiria funções limitadas, como a contratação de lideranças;
- “Precisamos levantar mais capital do que imaginávamos“, afirmou o conselho da OpenAI, que destacou a importância de atrair investidores oferecendo retornos financeiros mais atrativos;
- Esse movimento acompanha o apoio massivo da Microsoft, que já investiu mais de US$ 6,6 bilhões (R$ 40,86 bilhões, na conversão direta) na empresa.
Apesar da promessa de manter os valores de segurança e altruísmo, analistas apontam que a reestruturação favorece o braço com fins lucrativos. “É um passo essencial para a OpenAI continuar arrecadando fundos”, disse Gil Luria, analista de investimentos, à Reuters.
Oposições ao modelo lucrativo
A decisão, no entanto, não está sendo bem recebida por todos. Um processo movido por Elon Musk, cofundador da OpenAI, busca impedir a transformação. Musk argumenta que a mudança contraria os princípios fundadores da organização, que, inicialmente, prometia focar na segurança e no benefício público.
A Encode, organização de defesa da juventude, juntou-se à causa, com o apoio de Geoffrey Hinton, renomado cientista e “padrinho da IA”. “Permitir essa mudança envia mensagem muito ruim para outros atores do ecossistema”, declarou Hinton, que também alertou sobre os potenciais riscos existenciais da IA para a humanidade.
Sneha Revanur, fundadora da Encode, criticou a priorização de lucros em detrimento da segurança. “Os tribunais devem intervir para garantir que o desenvolvimento da IA atenda ao interesse público”, afirmou.
Leia mais:
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Controvérsias e desafios legais enfrentados pela OpenAI
A OpenAI rebateu as acusações, alegando que Musk está agindo por interesse próprio, visando beneficiar sua startup de IA, a xAI. A empresa também apresentou documentos que mostram que Musk, em 2017, já apoiava a ideia de transformar a OpenAI em entidade lucrativa, conforme o Gizmodo.
Além disso, a transição planejada pode enfrentar obstáculos legais, uma vez que envolve compromissos públicos firmados sob o modelo sem fins lucrativos. Entre eles, está a promessa de interromper o desenvolvimento de IA caso outra organização alinhada a valores similares esteja prestes a alcançar a inteligência artificial geral (IAG).
Impactos no futuro da IA
A decisão da OpenAI de priorizar capital financeiro reflete os desafios enfrentados por startups de IA na busca por recursos para continuar inovando. No entanto, a controvérsia em torno da reestruturação levanta questões cruciais sobre a responsabilidade social no desenvolvimento de tecnologias tão poderosas e com potencial impacto global.
Com o avanço do processo judicial e as críticas de vozes influentes no setor, o futuro da OpenAI permanece incerto, mas, certamente, definirá novos padrões para o equilíbrio entre lucro e ética na corrida pela inteligência artificial.
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