É verdade que chocolate piora febre e dores de cabeça?

Mito ou Verade? Saiba se o chocolate (e outros alimentos) realmente piora febre e dores de cabeça e saiba quando evitá-los
Por Danilo Oliveira, editado por Layse Ventura 01/01/2025 07h20
Mulher apertando o nariz e a testa devido a dores de cabeça
Woman with headache. Seasonal allergies and health problems. Sinus ache causing very paintful headache. Unhealthy woman in pain. Sharp strong sore. Flu cold or allergy symptom. Sinus pain, sinusitis.
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Quando se trata de saúde e alimentação, é comum encontrar informações conflitantes. Um desses debates envolve o chocolate e sua relação com febre e dores de cabeça. Alguns acreditam que o consumo de chocolate durante episódios febris ou crises de cefaleia pode piorar os sintomas, enquanto outros não notam nenhum impacto significativo. Essa controvérsia deixa muitos com dúvidas: afinal, o chocolate é vilão ou inofensivo nessas situações?

A resposta para essa pergunta não é tão simples, pois depende de fatores como o organismo de cada pessoa, a quantidade consumida e até a composição do chocolate. Por isso, é essencial entender como os alimentos influenciam o corpo durante momentos de desconforto, como febres e dores de cabeça.

Mito ou verdade: chocolate piora febre e dor de cabeça?

A ideia de que o chocolate piora febre e dores de cabeça é mais um mito do que uma verdade universal, mas há explicações para sua possível ligação com esses sintomas.

O chocolate contém compostos como cafeína e teobromina, que podem atuar como estimulantes. Em pessoas sensíveis, esses componentes podem desencadear ou agravar dores de cabeça. Durante um episódio febril, o corpo já está sob estresse, e a ingestão de alimentos ricos em açúcar ou estimulantes pode intensificar os sintomas. Assim, para indivíduos predispostos a enxaquecas ou com sensibilidade à cafeína, o chocolate pode ser um gatilho.

Chocolate meio amargo
Imagem: Leszek Kobusinski / Shutterstock

Por outro lado, muitas pessoas consomem chocolate mesmo estando doentes sem notar qualquer agravamento. Isso ocorre porque a reação ao chocolate varia de acordo com fatores genéticos, níveis de tolerância e o estado geral de saúde. Portanto, o impacto do chocolate em situações de febre ou cefaleia é altamente subjetivo.

Leia também:

Por que o chocolate pode ser um problema para algumas pessoas?

  • Cafeína e teobromina: esses estimulantes podem afetar o sistema nervoso e aumentar a sensibilidade à dor em algumas pessoas.
  • Açúcares refinados: o alto teor de açúcar do chocolate pode causar picos e quedas nos níveis de glicose, o que, em situações de estresse corporal, pode ser desconfortável.
  • Histamina: alimentos como chocolate contêm substâncias que liberam histamina, um composto que pode desencadear dores de cabeça em indivíduos suscetíveis.

Quando o chocolate não agrava os sintomas?

Nem todos são afetados negativamente pelo chocolate durante febres ou dores de cabeça. Algumas pessoas têm maior tolerância à cafeína e ao açúcar, o que diminui as chances de reações adversas. Além disso, a moderação é um fator crucial. Pequenas quantidades de chocolate, especialmente versões com alto teor de cacau e baixo açúcar, são menos propensas a causar problemas.

E quanto a outros alimentos, como leite e doces?

Assim como o chocolate, outros alimentos podem ter efeitos variáveis sobre febre e dores de cabeça.

  • Leite: muitas pessoas acreditam que o leite piora os sintomas devido à sua textura densa, que pode gerar desconforto em casos de congestão. Contudo, isso não está comprovado cientificamente. Em alguns casos, o leite pode ser reconfortante, enquanto em outros, principalmente em quem tem intolerância à lactose, pode causar mal-estar.
  • Doces: o consumo excessivo de açúcar em geral pode sobrecarregar o organismo, especialmente durante uma febre, quando o corpo já está trabalhando para combater uma infecção.
homem com dor de cabeça e segurando um sorvete
Imagem: Luis Molinero/Freepik

Como lidar com febre e dores de cabeça sem abrir mão do chocolate?

Se você não quer evitar o chocolate completamente, siga estas dicas:

  • Escolha chocolates com alto teor de cacau: chocolates amargos contêm menos açúcar e menos substâncias que podem agravar os sintomas.
  • Moderação é a chave: pequenas porções são menos propensas a desencadear reações adversas.
  • Evite consumir chocolate com o estômago vazio: isso pode minimizar os picos de glicose no sangue.
Chocolate piora febre e dor de cabeça?

O chocolate pode piorar febre e dores de cabeça em pessoas sensíveis à cafeína, açúcar ou histamina. Porém, nem todos experimentam esses efeitos.

Leite piora febre e dor de cabeça?

O leite não agrava febre e dores de cabeça em geral, mas pode causar desconforto em pessoas com intolerância à lactose ou congestão.

Embora a ideia de que o chocolate piora febre e dores de cabeça não seja completamente falsa, ela também não é uma regra absoluta. O impacto desse alimento varia de pessoa para pessoa, dependendo de fatores como sensibilidade individual, composição do chocolate e estado de saúde.

Componentes como cafeína, teobromina e açúcar podem agravar os sintomas em alguns indivíduos, mas muitas pessoas consomem chocolate sem notar qualquer efeito adverso, mesmo durante episódios febris ou crises de cefaleia.

Para evitar problemas, a moderação e a escolha de chocolates com menos açúcar e maior teor de cacau são alternativas seguras. Além disso, é importante observar como seu corpo reage ao chocolate e a outros alimentos, como leite e doces, ajustando a dieta de acordo com suas necessidades.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

Danilo Oliveira
Colaboração para o Olhar Digital

Danilo Oliveira é jornalista formado pela Universidade Cruzeiro do Sul, amante de jogos, quadrinhos e Puroresu. Atualmente é colaborador do Olhar Digital, podcaster e diretor de comunicação.

Layse Ventura
Editor(a) SEO

Layse Ventura é jornalista (Uerj), mestre em Engenharia e Gestão do Conhecimento (Ufsc) e pós-graduada em BI (Conquer). Acumula quase 20 anos de experiência como repórter, copywriter e SEO.