OpenAI mira na superinteligência enquanto avança no desenvolvimento da IAG

A OpenAI, sob a liderança de Sam Altman, anunciou marco ambicioso: a empresa afirma saber como construir inteligência artificial geral (IAG) e está direcionando esforços para alcançar a superinteligência.

Essa transformação na abordagem da empresa representa nova fase na corrida tecnológica pela criação de sistemas de inteligência artificial (IA) altamente avançados, capazes de superar a inteligência humana em tarefas complexas e economicamente valiosas.

Promessa da IAG e passo rumo à superinteligência

Em um post em seu blog pessoal, realizado nesta segunda-feira (6), Altman declarou que a OpenAI agora está confiante na construção da IAG “como tradicionalmente entendida”. Segundo ele, os primeiros agentes de IA autônomos poderiam ingressar na força de trabalho já em 2025, impactando significativamente a produtividade empresarial.

Ele também sugeriu que o objetivo da empresa agora vai além da IAG: “Estamos aqui para um futuro glorioso. Ferramentas superinteligentes podem acelerar massivamente a descoberta científica e a inovação, promovendo abundância e prosperidade”, escreveu.

A definição de IAG varia, mas para a OpenAI, trata-se de sistemas capazes de superar os humanos no trabalho mais valioso economicamente. No entanto, a superinteligência é descrita como uma forma mais avançada de IA, com potencial de transformar profundamente a sociedade, superando os limites do que a humanidade pode alcançar sozinha. Altman estimou que a superinteligência pode surgir em “alguns milhares de dias”.

OpenAI: riscos, limitações e desafios éticos da IAG

• Embora as perspectivas sejam promissoras, Altman e OpenAI reconhecem os desafios;
• A empresa admitiu, em postagens anteriores, que ainda não possui solução definitiva para supervisionar ou controlar sistemas superinteligentes, caso estes se tornem desonestos. “As técnicas atuais de alinhamento não são suficientes para a superinteligência”, afirmou a OpenAI;
• Além disso, críticas levantam dúvidas sobre a viabilidade das previsões de Altman;
• Gary Marcus, renomado crítico da OpenAI, apontou que os modelos de IA atuais ainda enfrentam limitações graves, como erros em problemas básicos e dificuldades para generalizar além dos dados de treinamento. Ele também alertou para os riscos de exageros na corrida por financiamento e no marketing da tecnologia;
• Outra preocupação é a possível automatização em massa de postos de trabalho, algo que Altman reconhece como uma questão sensível;
• Ele já defendeu a implementação de renda básica universal para mitigar os impactos sociais de um mundo onde “trabalhadores artificiais” substituam humanos.

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Mudanças internas e ambições comerciais

A OpenAI está passando por reestruturação para atrair mais investidores, o que incluiu a transição de uma organização sem fins lucrativos para uma com fins lucrativos. No entanto, isso gerou críticas internas, levando à saída de pesquisadores preocupados com o foco comercial da empresa em detrimento da segurança da IA.

Apesar das controvérsias, Altman se mantém confiante. “Estamos bastante confiantes de que, nos próximos anos, todos verão o que vemos, e a necessidade de agir com cuidado enquanto maximizamos o benefício geral é muito importante”, afirmou.

Impacto da OpenAI no cenário tecnológico

Mesmo com as incertezas em relação ao futuro da IAG, o impacto da OpenAI na popularização da IA é inegável. O lançamento do ChatGPT, por exemplo, marcou ponto de inflexão no uso de IA pelo público em geral e estimulou onda de inovações na indústria tecnológica.

“Começamos a OpenAI há quase nove anos porque acreditávamos que a IAG era possível e que poderia ser a tecnologia mais impactante da história da humanidade”, refletiu Altman. A jornada da empresa continua, agora com a ambição de moldar um futuro onde a IA possa realmente beneficiar toda a humanidade.

Com avanços e desafios, a promessa da IAG e da superinteligência se mantém como uma das narrativas mais intrigantes da era tecnológica.