Lua se encontra com Marte esta noite

A Lua pode ser vista próxima de Marte neste sábado (8), em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica
Flavia Correia08/03/2025 06h00
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Neste sábado (8), a Lua se encontra com Marte no céu noturno. Crédito: Ihor Voronin - Shutterstock
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Depois de passar por Mercúrio, Vênus e Júpiter, a Lua vai fazer a penúltima “parada” da “turnê mensal” de março pelos planetas do Sistema Solar visitando Marte – em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica.

Segundo o guia de observação InTheSky.org, isso acontece às 21h27 (horário de Brasília) deste sábado (8). De São Paulo, o par estará visível na direção norte do céu das 18h45 à 0h36 do dia seguinte – o que significa que o momento da conjunção poderá ser observado.

O par não caberá no campo de visão de um telescópio, mas será visível a olho nu ou através de binóculos.  

Configuração do céu no momento da conjunção entre a Lua e Marte neste sábado (8). Crédito: SolarSystemScope

Enquanto a Lua estará em magnitude de -12.3, a de Marte será de -0.1, com ambos na constelação de Gêmeos. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o corpo mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

O último planeta a receber a “visita” da Lua neste mês será Saturno (28). Essa série de conjunções que o satélite faz mensalmente ocorre porque ele orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.

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Por que Marte é vermelho? 

O característico tom avermelhado de Marte sempre chamou atenção, evocando associações com deuses e a operações bélicas. Na mitologia grega, Ares, o deus da guerra, era frequentemente ligado a essa cor. Curiosamente, a estrela mais brilhante da constelação de Escorpião, Antares, ganhou esse nome por sua tonalidade avermelhada, que remete a Ares, significando “Anti-Ares”.

Marte
Representação artística do Planeta Vermelho. Crédito: Sergei Voevitko – Shutterstock

Mais tarde, com o domínio romano na Europa, Ares foi renomeado como Marte, nome que também foi dado ao planeta e permanece em uso até hoje.

A tonalidade vermelha marciana é resultado de uma combinação de fatores complexos. E essa interação se dá entre a composição da superfície do planeta, sua atmosfera e fenômenos geológicos. Saiba mais aqui.

Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.