Votação na Casa ocorreu ocorrer nesta quarta-feira (20) (Imagem: rafastockbr/Shutterstock)
Na noite desta quarta-feira (20), a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei (PL) 2628/22, que trata da proteção de crianças e adolescentes na internet. A votação foi simbólica, havendo apoio de governo e oposição — esta última, antes, era contra o projeto.
Agora, a proposta segue para ser votada no Senado, com o texto passando a valer um ano após sanção presidencial.
A matéria estava parada na Casa desde 2024, mas foi colocada em pauta e aprovada em caráter de urgência na terça-feira (19) após denúncias da chamada adultização de crianças e adolescentes nas redes sociais (leia mais abaixo sobre o tema).
O texto principal foi aprovado sem nenhuma alteração pelo relator, deputado Jadyel Alencar (Republicanos/PI), que fez apenas alguns ajustes de redação.
Enquanto segue obrigatório às plataformas removerem conteúdos após serem notificadas, mas sem precisar de ordem judicial, Alencar alterou quem pode apresentar denúncias. Anteriormente, era pedido apenas que a notificação não fosse anônima.
Isso foi feito para que a oposição diminuísse sua resistência ao projeto. Com isso, o rol de denunciantes diminuiu. Apenas as próprias vítimas, responsáveis legais, Ministério Público (MP) e entidades de defesa dos direitos de crianças e adolescentes podem emitir uma denúncia.
Já no fim do rito, o deputado incluiu um trecho que permite à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) bloquear conteúdos considerados ofensivos.
Leia mais:
O texto estabelece regras de proteção a crianças e adolescentes no ambiente digital, responsabiliza as plataformas e prevê a retirada de conteúdos criminosos mesmo sem decisão judicial.
Caso as plataformas não cumpram com o requisitado, sofrerão desde advertência e multa a proibição de exercer suas atividades no Brasil.
Esta post foi modificado pela última vez em 20 de agosto de 2025 23:23