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Um dia depois de levar um puxão de orelha público de seus investidores devido aos problemas de assédio relatados por uma de suas ex-engenheiras, a Uber recebeu mais uma denúncia, dessa vez anônima, sobre questões similares.
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Em carta intitulada “Eu sou uma sobrevivente da Uber“, a ex-funcionária, que escreve sob o pseudônimo Amy Vertino, descreve como enfrentou questões semelhantes às que haviam sido reportadas alguns dias antes. “Quando eu li a história de Susan Fowler, meu sangue ferveu (…). Meus amigos ficaram me mandando atualizações sobre a história e insistindo para que eu tornasse minha própria experiência pública”, escreveu.
“Amy” disse ter passado apuros nas mãos de um sujeito que foi atraído de outra gigante do Vale do Silício e teria sido entrevistado por Travis Kalanick, o CEO, em pessoa. “Casado e pai de duas crianças, ele é bem conhecido por ser abusivo com qualquer um abaixo da sua folha de pagamento, casualmente racista com funcionários estrangeiros (…) e abusivo com mulheres no trabalho.”
O homem teria feito insinuações de que Amy deveria usar salto alto para que tivesse as nádegas empinadas e sugeriu que os dois saíssem para um jantar privado. “Ele constantemente fazia elogios desconfortáveis sobre meu cabelo e vestuário em momentos inapropriados e dentro de um elevador logo após uma reunião”, descreveu. Ao mesmo tempo, o sujeito a ridicularizava em frente aos colegas, tirando proveito do fato de que, numa equipe com 21 pessoas, Amy era a única mulher.
Quando reclamou ao departamento de recursos humanos, Amy diz ter recebido tratamento idêntico ao que fora dispensado a Susan Fowler, e que o RH inclusive teria feito ameaças veladas devido à sua insistência em denunciar alguém que era “altamente valioso para Travis”.
As coisas degringolaram quando, no meio de uma reunião, o homem se incomodou porque ela se mostrou contra uma de suas ideias. Ele então teria coberto o microfone usado para a conferência via telefone e dito para que ela “parasse de ser uma vadia reclamona”. Mais tarde, ao encontrá-la pelos corredores, ele a teria puxado de canto para avisá-la de que não gostava de garotas insubordinadas “que acham que chegaram até aqui por causa do cérebro”. Três dias após sua subsequente análise de performance, Amy resolveu deixar a companhia.
A Uber não se pronunciou especificamente sobre essa última denúncia, mas Freada Kapor, que faz parte do grupo de investidores que criticaram a empresa publicamente, se ofereceu para ajudar a pessoa que se identifica como “Amy”. “Se você ainda não encontrou outro emprego na área de tecnologia e quer um lugar que seja 180º diferente do que você experimentou, talvez até com uma mulher no cargo de CEO, estarei feliz em direcioná-la”, escreveu.