O primeiro voo, que ocorreu na manhã desta sexta-feira (20), da nova espaçonave de passageiros, CST-100 Starliner, não saiu como o planejado. Isso porque o veículo não conseguiu alcançar a órbita certa quando foi lançado ao espaço. Felizmente, não haviam pessoas a bordo do voo, pois era um teste. No entanto, isso coloca em xeque o futuro do Starliner e quanto tempo levará para a equipe se recuperar do acidente.

As atualizações da Boeing e da Nasa, que estava ajudando a supervisionar a missão, são bastante escassas. A Boeing disse que o Starliner é “seguro e estável”, mas não está claro se a sonda permanecerá assim no futuro. A Nasa declarou que, devido aos problemas enfrentados no voo, o veículo não pode mais chegar à Estação Espacial Internacional – o destino traçado.

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O CST-100 Starliner da Boeing é uma parte crítica do programa Commercial Crew, da Nasa, uma iniciativa para desenvolver veículos para o transporte de astronautas para a Estação Espacial Internacional.

Por mais que existam dados errados, o lançamento foi importante para o Starliner, pois demonstrou sua capacidade de viajar para o espaço e atracar na estação. Se tivesse corrido bem, a missão poderia ter aberto o caminho para que os astronautas da Nasa pudessem ser transportados pela cápsula no próximo ano.

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Problemas da missão

O principal problema ocorreu cerca de 30 minutos após o lançamento do Starliner. A cápsula decolou acoplada ao foguete Atlas V, fabricado pela United Launch Alliance, às 9h36 da manhã (horário de Brasília) de Cabo Canaveral, Flórida.

O foguete que transportava a cápsula pareceu funcionar muito bem. Após a separação, o Starliner não funcionou como deveria, fazendo com que a missão não fosse completada.

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Para a maioria dos lançamentos espaciais, o foguete leva sua carga útil até a órbita terrestre – mas isso não ocorreu nesta missão. O Atlas V se desprendeu do Staliner em um caminho suborbital ao redor da Terra.

A ideia era deixar a cápsula mais próxima da Terra – uma medida de segurança adicionada caso houvesse uma emergência em futuros voos com passageiros a bordo. Isso facilitaria para a equipe abortar o lançamento e voltar para a casa.

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Obviamente, colocar o Starliner em órbita significava que a cápsula precisava acionar seus próprios motores para subir mais. Inicialmente, a Nasa e a Boeing disseram que a ignição havia sido adiada e, por um tempo, não havia certeza se isso ocorreu.

Agora, parece que a ignição chegou a ocorrer, mas o Starliner não foi colocado no caminho que deveria alcançar. Jim Bridenstine, administrador da Nasa, observou que os problemas podem ter ligação com erros de software.

O fracasso ocorreu no fim de um ano muito difícil para a Boeing, que lida com diversas consequências de design de sua aeronave 737 MAX, que resultaram em dois acidentes graves. A empresa disse que a cápsula está em algum lugar da órbita, e trabalha em uma maneira de trazê-la de volta à Terra.

Via: The Verge