Assim como a cloroquina, a hidroxicloroquina e o medicamento Remdesivir, a droga favipiravir tem sido estudada como uma alternativa para o tratamento da Covid-19. De nome Avigan, o remédio que carrega favipiravir foi usado na Guiné, em 2016, no combate ao vírus ebola.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) segue alertando para a falta de testes clínicos conclusivos que garantam a eficácia de qualquer medicamento contra o coronavírus, inclusive o Avigan. Ainda assim, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, tem promovido o favipiravir.

O governo japonês até prometeu que fornecerá a droga a mais de 40 países caso a aprovação do medicamento aconteça já em maio, como é esperado por eles. Mais de 80 países demonstraram interesse no Avigan, que é desenvolvido pela Fujifilm Holdings, empresa japonesa.

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Contudo, vale lembrar que essa não é a primeira vez que políticos e governos promovem uma droga contra o coronavírus. No Brasil e nos Estados Unidos, a cloroquina e a hidroxicloroquina foram apontadas como soluções pelos presidentes Jair Bolsonaro e Donald Trump após alguns testes com poucos pacientes e sem grupos de controle. 

Nos Estados Unidos há também o antiviral Remdesivir, desenvolvido pela Gilead Sciences, que, segundo a companhia, tem apresentado resultados positivos na aceleração da recuperação dos pacientes com coronavírus.

Por ora, não existe nenhum remédio ou vacina com eficácia comprovada contra a Covid-19. Portanto, o isolamento social segue sendo a medida mais correta para conter a propagação do vírus. Ele já infectou mais de três milhões de pessoas no mundo, de acordo com a Universidade John Hopkins, que monitora a pandemia desde o início.

 

Via: Exame