Cronograma de vacinação pode ser alterado por influência federal, diz governo de SP

Por Luiz Nogueira, editado por Liliane Nakagawa 17/12/2020 13h32, atualizada em 17/12/2020 14h22
Vacinação em SP pode ser adiada para que se adeque ao plano nacional de imunização
Foto: Studio Peace/Shutterstock
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Recentemente, o governo de São Paulo revelou que pretende iniciar a vacinação contra a Covid-19 em 25 de janeiro. No entanto, agora foi anunciado que, apesar da data ter sido mantida, seus planos podem ser alterados a qualquer momento para que se adequem à estratégia nacional de imunização.

Em nota, a Secretaria Estadual da Saúde declarou que o plano de vacinação em SP está “pronto para ser colocado em prática em 25 de janeiro. Porém, em caso de definição do plano nacional, São Paulo seguirá as orientações para as estratégias de vacinação, o que inclui a definição não só dos grupos prioritários, como de faseamento”.

Planos do governo federal

Plano de vacinação nacional pode mudar início da imunização em SP. Foto: Orpheus FX/Shutterstock

Em cerimônia realizada na quarta-feira (16) no Palácio do Planalto, em Brasília, o governo federal divulgou seu Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19. O plano de vacinação, que ainda não tem data de início, prevê quatro grupos prioritários que somam 50 milhões de pessoas.

A prioridade será para trabalhadores da saúde, idosos, pessoas com doenças crônicas (hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, entre outras), professores, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema prisional. Estes grupos receberão duas doses em um intervalo de 14 dias entre a primeira e a segunda injeção.

Para estes grupos, serão necessárias 108,3 milhões de doses de vacina, já incluindo 5% de perdas. Segundo o plano, o governo federal já garantiu 300 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 por meio de acordos.

O Ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, afirma que “todas as vacinas produzidas no Brasil, ou pelo Butantan, pela Fiocruz ou qualquer indústria, terão prioridade do SUS e isso está pacificado”.

Ainda segundo Pazuello, todos os estados da federação serão tratados de forma “igualitária e proporcional”. “Vacinas registradas, vacinas garantidas em sua segurança e eficácia. Nós não podemos brincar com a saúde da população brasileira”, disse.

As vacinas serão compradas pelo governo federal e entregues aos estados, que serão responsáveis por fazer com que cheguem a todos os seus municípios. Ainda não há uma previsão para data de início da imunização, já que até agora, nenhum imunizante está registrado e licenciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esta etapa é essencial para que o Plano Nacional de Vacinação possa ser realizado.

Via: Folha

Redator(a)

Luiz Nogueira é redator(a) no Olhar Digital

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Liliane Nakagawa é redator(a) no Olhar Digital