Pesquisas demonstram que smartwatches podem ajudar a detectar a Covid-19

Por Luiz Nogueira, editado por Daniel Junqueira 18/01/2021 20h11, atualizada em 18/01/2021 20h41
Relógio inteligente
Foto: Zyabich/Shutterstock
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De acordo com estudo recentes, smartwatches e outros dispositivos vestíveis podem desempenhar um papel importante na detecção precoce da Covid-19.  Pesquisadores da Escola de Medicina Icahn da Univerisidade Monte Sinai, nos Estados Unidos, descobriram que o Apple Watch pode detectar pequenas mudanças no batimento cardíaco do usuário cerca de uma semana antes do indivíduo se sentir doente.  

O estudo, batizado de “Warrior Watch”, acompanhou um grupo de 297 profissionais de saúde entre 29 de abril e 29 de setembro. Os participantes usaram Apple Watches equipados com aplicativos especiais que mediam as mudanças na variabilidade da frequência cardíaca (VFC).  

“O relógio mostrou mudanças significativas nas métricas VFC até sete dias antes dos indivíduos desenvolverem sinais nasais que podem confirmar a infecção pela Covid-19”, disse Robert P. Hirten, autor do estudo.  

Em uma outra pesquisa, bastante semelhante, feita pela Universidade Stanford, os participantes usaram uma variedade de smartwatches do tipo (Garmin, Fitbit e Apple). Aqui, eles descobriram que 81% dos pacientes que tiveram diagnóstico positivo da doença apresentaram alterações em sua frequência cardíaca cerca de nove dias antes do início dos sintomas da Covid-19.

Uma das questões mais desafiadoras sobre a Covid-19 é que muitas pessoas são assintomáticas, o que significa que não apresentam sintomas, mas ainda são contagiosas. Isso torna difícil conter a infecção usando um método tradicional para identificar alguém que está infectado.  

Por isso, as ramificações do estudo envolvendo smartwatches são claras. A ideia é oferecer uma maneira de identificar as pessoas que podem estar doentes antes mesmo de saberem que estão infectadas pela Covid-19. “Essa tecnologia nos permite não apenas rastrear e prever resultados de saúde, mas também intervir de maneira oportuna e remota, o que é essencial durante uma pandemia que exige que as pessoas fiquem separadas”, diz Hirten.  

Pesquisadores da área não são os únicos que viram potencial nesta ideia. Uma empresa chamada NeuTigers, nascida de uma pesquisa da Universidade de Princeton, desenvolveu um produto que usa inteligência artificial e pode ajudar a identificar pessoas com o vírus em situações clínicas ou lares de idosos. Agora, a ideia da companhia é produzir seu próprio aplicativo que funcione com dispositivos Fitbit, Apple, Samsung e outros smartwatches. 

Via: Engadget

Redator(a)

Luiz Nogueira é redator(a) no Olhar Digital

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Daniel Junqueira é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo. Iniciou sua carreira cobrindo tecnologia em 2009. Atualmente, é repórter de Produtos e Reviews no Olhar Digital.