Spotify quer usar reconhecimento de voz para sugerir playlists

Nova patente da empresa de streaming fala de recurso de reconhecimento de voz que avalia estado emocional, gênero, idade ou sotaque
Por Rafael Arbulu, editado por Flávio Pinto 29/01/2021 11h47, atualizada em 29/01/2021 12h19
Spotify
Reprodução: Funstock/Shutterstock
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O Spotify registrou uma patente que lhe permitirá sugerir playlists e músicas aos usuários por meio de suas emoções, gênero, idade ou até mesmo o sotaque, segundo a documentação do registro. Originalmente submetida para a autoridade em 2018, apenas em 12 de janeiro de 2021 é que a função foi reconhecida.

Basicamente, o Spotify poderá “fazer observações” na voz e ambientação do usuário por meio de uma tecnologia de reconhecimento de voz e discurso, determinando se ele está sozinho, acompanhado ou em uma festa. A forma como ele desenvolver a interação também será um indício para que o Spotify determine se o usuário está empolgado, chateado ou simplesmente entediado.

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Organograma desenhado na patente do Spotify mostra como a tecnologia de reconhecimento de voz pode funcionar. Imagem: Spotify/Divulgação

“É comum para uma aplicação de streaming de mídia incluir funções que ofereçam recomendações personalizadas de mídia a um usuário”, disse o Spotify em um trecho da documentação, antes de ressaltar que a abordagem atual de personalização das empresas é “pouco satisfatória”, haja vista que ela exige que usuários “tediosamente imputem respostas a múltiplas perguntas” relacionadas às suas identidades.

Com a nova tecnologia, o Spotify seria, em tese, capaz de determinar tudo isso, tornando a experiência mais fluida e a capacidade de customização sonora mais inteligente. “Deve ser compreendido que, nos exemplos acima, as categorias de metadados sobre emoções, gênero, idade ou sotaque são meros exemplos, e diversas outras caracterizações e classificações podem ser usadas”, esclareceu a empresa.

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Depois de capturada a voz do usuário, o sistema reconheceria metadados como gênero, sotaque, idade e humor, personalizando músicas sugeridas. Imagem: Spotify/Divulgação

De posse dos dados mencionados, o Spotify os combina com músicas que o usuário já tenha ouvido no passado, ou o gosto musical de playlists ouvidas pelos seus amigos, e gera uma série de recomendações que pode ir de músicas específicas a listas de reprodução completas e tematizadas.

Ainda não há uma data específica para que o Spotify crie o recurso que sugere playlists baseados em suas emoções. Outra patente recente fala em uma função de karaokê, onde usuários poderiam sobrepor letras de músicas com suas próprias vozes.

Fonte: Yahoo

Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

Redator(a)

Flávio Pinto é redator(a) no Olhar Digital