Em território chinês desde 14 de janeiro, uma equipe de dez pesquisadores, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), continua a investigar pistas sobre uma possível origem da Covid-19. Nesta terça-feira (2), o grupo visitou uma instalação de saúde animal na cidade de Wuhan, em uma nova tentativa para rastrear o início da doença.

Antes de adentrar o estabelecimento, Peter Daszak, um dos investigadores e presidente da EcoHealth Alliance, afirmou que a viagem está indo “muito bem, excelente”. Tanto ele quanto sua equipe estavam vestidos com macacões brancos de proteção pessoal.

Como a província de Hubei combate doenças epidêmicas em animais, uma visita à sua capital (Wuhan) poderia dar maiores informações sobre uma possível transmissão do coronavírus a partir de um morcego de ferradura pequeno do sudoeste da China.

Durante as últimas semanas, os investigadores também visitaram hospitais, centros de controle de doenças regionais e mercados chineses — incluindo o mercado de Wuhan, suspeito de ser palco da origem do vírus.

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Wuhan, na China
Primeira morte registrada pela Covid-19 foi de um frequentador do mercado de Wuhan, na China. Foto: Amar Shrestha/Shutterstock

No entanto, a equipe ainda não divulgou nenhuma descoberta durante sua viagem na China e é possível que nada seja, de fato, constatado. Isso porque o primeiro caso foi reportado há mais de um ano, dificultando ainda mais as investigações.

Na segunda-feira (1°), Mike Ryan, principal especialista em emergências da OMS, afirmou que a busca pode não encontrar as respostas desejadas sobre o surgimento da Covid-19.

Ryan também rebateu as críticas de uma possível não aceitação sobre as conclusões do grupo. “Ela [equipe] merece o apoio da comunidade internacional e merece poder terminar seu trabalho”, acrescentou.

Origem da Covid-19

Enquanto nenhuma constatação da equipe da OMS é divulgada, o surgimento da Covid-19 segue como incógnita.

O primeiro caso de morte pela doença foi registrado em janeiro de 2020, por um frequentador do mercado de Wuhan, na China. O país asiático, no entanto, afirma que diversos estudos apontam que o novo coronavírus pode ter surgido em diferentes regiões. E ele pode não estar errado.

Isso porque pesquisadores encontraram rastros do vírus em amostras de esgotos coletadas em cinco países — incluindo o Brasil —, indicando que o coronavírus poderia estar presente desde 2019.

Quanto mais o tempo passa, mais difícil se torna descobrir a origem do vírus. É claro que uma possível descoberta seria importante para evitar futuras infecções, mas nessa altura do campeonato, o foco deve ser direcionado para o salvamento de vidas e a imunização da população como um todo.

Via: Agência Brasil