O Spotify atingiu a marca de 155 milhões de usuários pagantes, segundo relatório financeiro do último trimestre de 2020, divulgado pela empresa sueca. O número corresponde a uma alta de 24% no índice anual, um recorde para a plataforma, que ainda conseguiu direitos de se gabar para o Apple Music, que até julho registrava 60 milhões de assinantes pagos.

Outro ponto onde o Spotify cresceu foi no volume total de usuários ativos, que também inclui na conta os membros não pagantes, usuários do modelo gratuito da plataforma. O Spotify registou 27% de crescimento no índice anual, com o último trimestre de 2020 chegando à marca de 345 milhões de usuários ativos.

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Apesar do número recorde e da liderança de mercado, Spotify ainda opera em prejuízo, ao contrário de seu principal concorrente, o Apple Music. Imagem: nikkimeel/Shutterstock

Operando em prejuízo

Apesar dos números bem favoráveis, o Spotify, acredite se quiser, segue operando em prejuízo. De acordo com uma reportagem do Wall Street Journal, a plataforma de streaming musical apenas conseguiu ampliar seus números devido a extensões de períodos gratuitos para primeiros assinantes (o famoso “assine e o primeiro mês é grátis” que vemos por aí), além de planos singulares de baixíssimo custo em mercados emergentes – como é o caso da Índia.

Segundo o jornal, o Spotify perdeu € 125 milhões (R$ 806,23 milhões, na conversão direta) em 2020. No ano anterior, esse número foi de € 209 milhões (pouco mais de R$ 1,34 bilhão). Em outras palavras: está se recuperando, mas ainda está perdendo dinheiro.

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Olhando por essa ótica, a Apple, dona do Apple Music, está em “vantagem” mesmo com números menores. Em comparação, o Spotify oferece apenas um único serviço – o streaming –, enquanto a plataforma musical da empresa de Tim Cook pode ser oferecida em pacotes de serviços como o Apple One – que incluem Apple TV+ e Apple News+.

A favor do Spotify, temos as recentes apostas na diversificação de ofertas para podcasts e, mais recentemente, audiolivros. Ainda que os números quebrados por área não tenham sido divulgados, a empresa sueca vem investindo pesado na aquisição de empresas produtoras de podcasts – em 2018, fechou um acordo milionário com Joe Rogan, além de investir em produções originais, como um show criminal estrelado pela socialite Kim Kardashian e outro apresentado pelo príncipe Harry e sua esposa Meghan Markle.

Via: 9to5Mac, Wall Street Journal