Funcionários da EA estariam vendendo cards raros de ‘Fifa 21’

Gamers acusam empregados de venderem, “por fora”, itens do modo “Ultimate Team”, que gerou lucro de US$ 1,49 bilhões à empresa
Por Rafael Arbulu, editado por Renato Mota 11/03/2021 12h48
Fifa 21
Foto: Electronic Arts/Divulgação
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Funcionários da Electronic Arts (EA) estão sob investigação interna da empresa após acusações feitas em fóruns e nas redes sociais de que eles estariam vendendo, por fora dos meios autorizados, cartas raras do modo “Ultimate Team” do jogo ‘Fifa 21’.

De acordo com diversas postagens feitas por membros da comunidade, os itens vêm sendo comercializados a preços exorbitantes, com margens entre US$ 900 (R$ 5.045,13 na conversão direta) e US$ 2,5 mil (R$ 14,01 mil).

Em ‘Fifa 21’, o modo “Ultimate Team” permite que jogadores gastem dinheiro real para adquirirem cartas correspondentes a diversos atletas do futebol internacional, no intuito de construir um time totalmente customizado. Segundo relatos da própria EA para seus investidores, apenas no ano fiscal de 2020, o modo de jogo gerou, sozinho, US$ 1,49 bilhão (R$ 8,35 bilhões) em faturamento para a empresa.

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Funcionários da EA são acusados de vender ilegalmente cartas avançadas do jogo "FIFA 21", e agora a empresa anunciou investigação interna. Imagem: Electronic Arts/Divulgação
Funcionários da EA são acusados de vender ilegalmente cartas avançadas do jogo “FIFA 21”, e agora a empresa anunciou investigação interna. Imagem: Electronic Arts/Divulgação

A compra pelos meios oficiais, porém, conta com um “porém”: o gamer que faz a microtransação nunca sabe quais cartas virão dela. Separados por categorias que vão desde os jogadores mais comuns até os futebolistas mais raros, cada pacote de cartas tem um preço específico – mas no que tange a quem sairá do pacote, o processo é totalmente randomizado.

Algumas das ofertas identificadas por usuários e postadas no Twitter mostram, porém, pessoas que podem ou não ser funcionários da EA oferecendo cartas bem desejadas, como por exemplo o pacote “Icon”, que conta com jogadores como Cristiano Ronaldo, Zinedine Zidane e Pelé, entre outros.

Por ora, as acusações ainda são apenas isso: acusações. Ainda não há confirmação de que as pessoas envolvidas no esquema sejam de fato funcionários da EA, mas em um comunicado publicado por ela no Twitter, a empresa afirmou estar ciente das informações que vêm circulando na mídia e assegurou os fãs de que “uma investigação completa está em curso”.

A EA também ressaltou como a venda ilegal de cartas do modo “Ultimate” de ‘Fifa 21’ “gera preocupações sobre um injusto desequilíbrio no jogo e no cenário competitivo” e prometeu punição severa caso confirme que os responsáveis trabalhem na própria companhia.

Fonte: Kotaku


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Jornalista formado pela Universidade Paulista, Rafael é especializado em tecnologia, cultura pop, além de cobrir a editoria de Ciências e Espaço no Olhar Digital. Em experiências passadas, começou como repórter e editor de games em diversas publicações do meio, e também já cobriu agenda de cidades, cotidiano e esportes.

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Renato Mota é redator(a) no Olhar Digital