Um pedaço de osso descrito como “muito raro” foi encontrado por um grupo de arqueólogos dentro do sítio arqueológico da caverna de Tautavel, localizado no departamento francês de Pirineus Orientais. Segundo os exploradores, o fóssil é pertencente a um ancestral do Homo sapiens

Em mais de meio século de escavações, já foram descobertos diversos fragmentos dos chamados “homens de Tautavel” dentro da caverna. Eles são descritos como membros do gênero Homo que viveram há pelos menos 450 mil anos naquela região. 

A descoberta da vez é um pedaço de fíbula de pouco mais de seis centímetros de comprimento e foi encontrado pelo arqueólogo Christian Perrenoud, que é o atual responsável pelas pesquisas conduzidas no local.  

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Segundo ele, fragmentos deste tipo são raros, já que “os homens que viveram há mais de 100 mil anos não enterraram seus mortos”. Além disso, é bastante complicado definir a qual espécie pode pertencer um fóssil tão pequeno. 

“Quando você tem um pequeno pedaço de alguns centímetros de comprimento, sabendo que existem 122 espécies descritas na caverna, tomamos muito cuidado antes de afirmar que vem do homem”, declarou Perrenoud. 

Identificação levou 18 anos

Arqueólogos encontram osso de 450 mil anos. Crédito: Wikimedia Commons

O osso em questão foi encontrado há mais de 18 anos, porém, como o DNA dos homens de Tautavel é muito diferente do código genético dos humanos atuais, as análises necessárias para poder cravar a qual animal pertence um osso tão pequeno são bastante complexas. 

“Ainda não podemos ir além do máximo de 80 mil anos com DNA, embora haja exemplos na Espanha onde conseguimos ir um pouco mais longe”, disse Christian Perrenoud. Por conta disso, os pesquisadores tiveram de fazer análises comparando um fóssil com outros já encontrados. 

A pesquisa, inclusive, poderia ter levado ainda mais tempo, mas acabou sendo celerada porque os exploradores já tinham um outro fragmento parecido. 

“É um fragmento de fíbula. Temos outros no sítio com os quais podemos compará-lo. Temos até outra peça que pode pertencer à mesma pessoa”. 

Com informações do Le Monde 

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