Hong Kong interrompe vacinação com imunizante da Pfizer após defeito na tampa das doses

Lucas Soares24/03/2021 14h23, atualizada em 19/05/2021 09h39
Hong Kong interrompe vacinação com imunizante da Pfizer após defeito na tampa das doses
Imagem: Estherpoon (iStock)
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O território chinês de Hong Kong anunciou nesta quarta-feira (24) que está interrompendo provisoriamente o uso da vacina da Pfizer em sua campanha de vacinação contra Covid-19 após ser registrado um problema na tampa dos frascos de um dos lotes do imunizante.

A BioNTech e a distribuidora Fosum Pharma abriram uma investigação e, em comunicado divulgado para a imprensa, afirmam que não há qualquer razão para acreditar que o produto pode ser prejudicial. O governo local, ainda assim, preferiu paralisar a aplicação do lote por precaução até a publicação do relatório final.

“A segurança de nossos vacinados e pacientes é de extrema importância para a BioNTech”, disse a farmacêutica. “Neste ponto, não temos nenhuma razão para acreditar que exista qualquer risco de segurança para a população.”, completou ainda.

O lote 210102, onde o erro foi detectado, e um segundo 210104, que vai ser usado para testes, não serão administrados na população por enquanto. Macau, outro território chinês, que recebeu doses do mesmo lote, também suspendeu a vacinação.

Hong Kong e a vacina da Pfizer

No total, os dois lotes juntos somam quase 1,5 milhão de doses do imunizante, informou a Diretora de Saúde, Constance Chan. Apesar disso, Hong Kong alerta que a medida é apenas por precaução e quem já recebeu a vacina do lote da Pfizer onde o problema foi identificado está seguro já que nenhum frasco com a tampa errada forma administrados.

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“A Fosun prometeu realizar uma investigação imediata, então eles vão abordar o fabricante na Alemanha para examinar sua planta”, disse Chan. “Quando as vacinas chegarem a Hong Kong, eles farão uma revisão de toda a cadeia logística para ver se essa é a causa da situação atual.”

Sem a Pfizer, o único imunizante disponível para os residentes de Hong Kong é a Coronavac, da Sinovac, também utilizada no Brasil em parceria com o Instituto Butantan.

As autoridades locais pedem pressa na investigação, pois caso os imunizastes dos lotes sejam considerados inadequados, precisa ocorrer uma substituição por novas doses e esse processo pode atrasar o cronograma de vacinação. Em Hong Kong, 150 mil pessoas já receberam pelo menos uma dose da Pfizer e cerca de 250 mil da Coronavac.

Via AP

Imagem: Estherpoon (iStock)

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Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.