Um Apple Watch levou a Polícia Civil à prisão de um assaltante que roubou um carro e agrediu a vítima no município de Santa Maria, a 290 quilômetros da capital Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Segundo as informações divulgadas pelas autoridades, a prisão ocorreu no último sábado (27) – menos de 24 horas após ele cometer o crime.
De acordo com o site da Polícia Civil, o suspeito, acompanhado de outros dois comparsas, rendeu a vítima em sua residência. Todos portavam fardas aparentemente falsificadas do Exército Brasileiro. A vítima foi amarrada e agredida e teve vários de seus bens roubados – incluindo uma BMW X4 e o Apple Watch que levaria as autoridades ao assaltante. Os outros dois ainda estão foragidos.
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O que foi inesperado para os criminosos foi o fato do smartwatch da empresa de Cupertino ser um modelo que apresentava conectividade celular. A Apple normalmente disponibiliza duas versões: uma apenas com suporte a conexão Wi-Fi e outra que também traz internet via 4G. Ao acessar o app de localização de dispositivos que a Apple disponibiliza aos seus usuários, foi possível determinar a localização do Apple Watch e, consequentemente, do assaltante.
Ao chegar ao local, a Polícia Civil confirmou tratar-se da casa onde vive a irmã de um dos suspeitos. Após abordagem, foram encontrados os bens roubados da vítima, bem como uma das fardas do Exército, usada durante a execução do crime. Posteriormente, o indivíduo preso foi identificado pela vítima, cujo nome ficou fora dos autos para fins de proteção.
Segundo a Polícia Civil, o indivíduo preso tem passagens anteriores por roubo, homicídio, tráfico de drogas, desobediência e ameaça. Ele foi encaminhado à Penitenciária de Santa Maria.
Apple contra o crime
Evidentemente, essa não é a primeira vez que um dispositivo da Apple leva à captura de bandidos. Além do Apple Watch, o iPhone e o iPad também contam com o recurso de monitoramento de dispositivos via GPS.
Um caso antigo de destaque aconteceu em 2014, quando uma instrutora de ioga viu, na manhã seguinte a uma “noitada” em um bar, que seu iPhone havia sumido. Usando o app, ela localizou o smartphone em uma casa a cerca de 45 quilômetros de sua casa, em Los Angeles, Califórnia. Ela própria foi ao local, confrontou os ladrões e, por sorte, pegou o aparelho de volta sem sofrer nenhum tipo de ameaça – a ação dela foi criticada pela polícia local.
Outra situação ocorreu em 2020 – mostrando que isso não é uma situação sazonal –, quando o mesmo recurso levou as autoridades do Reino Unido a encontrarem o iPhone 8 pertencente ao sogro do ex-primeiro ministro britânico David Cameron. Ele estava tirando fotos de uma casa em Scunthorpe, Inglaterra, quando teve seu smartphone roubado. As autoridades prenderam o ladrão, que foi julgado e condenado a 18 meses de prisão.
Fonte: PC-RS, The New York Times, iMore