Um dos maiores desastres naturais da história do planeta terra pode ter sido responsável pela criação da maior floresta tropical do mundo. Quando pensamos no meteoro que extinguiu os dinossauros sempre destacamos o impacto dele na vida selvagem, mas esquecemos que todo o ecossistema, incluindo as plantas, sofreram influência e é justamente isso que pode ter originado na Amazônia.

Uma pesquisa feita no Panamá com amostras de material vegetal colhido na Colômbia mostra que a vegetação da América do Sul sofreu uma drástica mudança a partir do momento em que o mundo foi atingido pelo asteroide. Na realidade, o evento pode ter feito com que surgisse a vegetação tropical que conhecemos atualmente.

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A equipe do Instituto Smithsonian de Pesquisas Tropicais revelou no estudo que não só boa parte dos animais foram extintos com o evento catastróficos, mas as plantas e árvores também. Além do incêndio causado pelo impacto, o mundo ainda sofreu com a falta de luz solar por conta da camada de fuligem que se formou. Com pouco sol boa parte do reino vegetal não consegue sobreviver.

Os especialistas acreditam que o evento devastador foi responsável por acabar com cerca de 45% das espécies de plantas que existiam na época. Claro que se passaram 6 milhões de anos e a maior parte da vegetação retornou, mas o domínio das espécies que sobreviveram continuou prevalecendo em muitos lugares.

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Mas o que o meteoro e o fim dos dinossauros tem com a Amazônia?

Basicamente, após o impacto do meteoro e o fim dos dinossauros, as angiospermas (plantas floridas) passaram a ser dominantes na região que hoje fica a Amazônia. A formação atual densa da vegetação impede que uma parte dos raios solares chegue ao solo, concentrando a luz nas copas das árvores. Esse tipo de estratégia pode ter sido vantajosa após o mundo ficar com pouca luz solar.

Outro ponto é que o impacto dos próprios animais gigantes, que destruíam árvores e abriam caminho, pode ter impedido a formação de ambientes tão fechados. Além disso, uma das teorias dos pesquisadores é que quando as cinzas baixaram o solo ficou rico em trópicos que favoreceram o surgimento de flores e plantas floridas.

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“A lição aprendida aqui é que em choques rápidos… os ecossistemas tropicais não só se recuperam, são substituídos e o processo leva muito tempo”, disse Mónica Carvalho, coautora do estudo. “Nossa equipe examinou mais de 50 mil registros de pólen fóssil e mais de 6 mil fósseis de folhas de antes e depois do impacto”, completou ainda.

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Os pesquisadores destacam que essas teorias podem ter ocorrido todas ao mesmo tempo e que ainda existem muitos mistérios sobre o impacto do meteoro que destruiu dos dinossauros nas florestas tropicais da época, incluindo a Amazônia.

Via BBC