A Loggi quer investir em pesquisas acadêmicas para a área de logística. Para isso, a startup anunciou nesta sexta-feira (9) uma nova plataforma, a LoggiBUD, que servirá de ponte entre mercado e academia, com intuito de fomentar estudos com foco em otimização e resolução de problemas na última etapa da cadeia de suprimentos, que é a entrega de produtos.
A intenção dos estudos é também focar na análise de mobilidade urbana e ajudar na construção de rotas mais eficazes.
Pontos esses que, de acordo com Gabriela Surita, gerente de engenharia da Loggi, raramente são endereçados. “A maioria dos benchmarks são pequenos, raramente alcançam milhares de clientes. As distribuições de entregas são muito artificiais e a medida de distância tende a ser em linha reta, negligenciando as condições geográficas das cidades”, disse.
Com o projeto, variáveis como geografia da rota da entrega, distâncias totais e aspectos socioeconômicos da região serão considerados.
“Em todo o mundo, áreas metropolitanas testemunham a entrega de centenas de milhares de pacotes e correspondências. Com isso, precisamos de soluções dinâmicas e rápidas para despachá-los à medida que são recebidos”, observa Fillipe Goulart, engenheiro de software da startup.
O especialista afirma que as entregas nas áreas urbanas são distribuídas de forma muito desigual. Por isso, é necessário estudar “soluções que sejam inteligentes para evitar rotas longas e com altos custos, tanto para a empresa como para o entregador”, diz. É nesse tipo de desafio que a empresa espera fomentar soluções por meio da LoggiBUD.
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Dentro da LoggiBUD é possível encontrar dados públicos que agregam à consulta, como o desenho no mapa de cada setor, com dados provenientes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e dados de renda domiciliar, com informações do Censo IBGE.
A empresa também prevê a inserção de número médio de entregas realizadas nas cidades em que a Loggi opera. Vale ressaltar que não há dados de clientes para estudo.
Para a primeira versão, a plataforma oferece informações sobre Belém (PA), Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ).
Via: Estadão