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Um grupo de senadores do governo dos Estados Unidos questionou a Apple e o Google na quarta-feira (21) sobre o domínio de suas lojas de aplicativos móveis. A indagação sugeriu um possível abuso de poder das gigantes em tecnologia que prejudica empresas concorrentes menores.
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Segundo Amy Klobuchar, principal democrata do Senado em favor da lei Antitruste, que se opõe a monopólios, a Apple e o Google podem usar seu poder para “excluir ou suprimir aplicativos que competem com seus próprios produtos” e ainda “cobrar taxas excessivas que afetam a concorrência”.
Alguns fabricantes de aplicativos como Spotify e Match Group, que também é dono do Tinder, reclamam que as regras estabelecidas a respeito da receita de vendas e inclusão de produtos da App Store e do Play Store representam um comportamento anticompetitivo, impedindo uma concorrência justa no mercado.

Em resposta aos senadores, as empresas justificaram as medidas de controle rígido como necessárias para cumprir e pagar medidas de segurança que protejam seus consumidores. Entretanto, o diretor de conformidade da Apple, Kyle Andeer, não garantiu gastar todas as taxas obrigatórias que o sistema exige em segurança.
Ambas as empresas também tentaram explicar o porquê das taxas não serem aplicadas à Uber ou apps que vendem produtos físicos, mas as justificativas de Andeer (da Apple) e de Wilson White, do Google, diretor sênior para assuntos governamentais, não foram aceitas pelos senadores, que criticaram a forma técnica da explicação.
“Eu me sinto como um advogado do homem das cavernas descongelado”, disse o senador Mike Lee. “Eu não estou entendendo”, exclamou.
Ligação suspeita
Também foi colocada em questão uma ligação que o Google teria feito à Match, dona do Tinder, para questionar o testemunho da companhia. O senador Richard Blumenthal indagou a empresa se o contato seria em tom de ameaça ao negócio de encontros.
“Parece uma ameaça, fala como uma ameaça, é uma ameaça”, disse Blumenthal sobre a ligação, prometendo investigar mais a ação do Google.
O porta-voz White, do Google, respondeu à acusação dizendo que a ligação é um esforço para fazer uma pergunta honesta e que eles nunca ameaçariam seus parceiros.
A Match paga quase US$ 500 milhões em taxas para as lojas de aplicativos, a maior despesa individual da empresa anualmente. Sine, da Match, reclamou ainda que a Apple bloqueou uma importante atualização de segurança no Tinder dizendo que a mudança violava o “espírito” de uma nova regra. A atualização só foi liberada dois meses depois, após líderes sêniores questionarem a atitude da Apple.
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A polêmica dos AirTags
Nesta semana, a Apple lançou o AirTag, um localizador que pode ser usado em objetos como chaves, mochilas, e etc. Segundo a companhia de Steve Jobs, seus AirTags são uma consequência do aplicativo Find My, lançado em 2010, também usado para localizar dispositivos perdidos da Apple e compartilhar a localização de usuários.

Entretanto, a Tile não pensa assim e se incomodou com o lançamento. A companhia vendeu um dispositivo de rastreamento semelhante ao recém-anunciado pela Apple por mais de uma década. Mas segundo a Apple, em 2010, quando o Find My nascia, a Tile ainda não tinha sido fundada.
Kirsten Daru, conselheira geral da Tile, acusa a empresa de domínio sobre o mercado e de redirecionar os clientes de forma “obrigatória” aos seus produtos, já que o programa Find My é instalado por padrão nos dispositivos da Apple e não pode ser excluído.
“A Apple mais uma vez explorou seu poder de mercado e domínio para condicionar o acesso de nossos clientes aos dados a quebrar efetivamente nossa experiência de usuário e direcioná-los ao Find My”, rebateu Daru.
Fonte: Reuters
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