Reconhecida por ser uma das marcas de motocicletas mais amadas do mundo, parece que a Ducati não irá entrar tão cedo no mercado de veículos elétricos. Mesmo após o CEO Claudio Domenicali afirmar, em 2019, que “o futuro é elétrico”, parece que fábrica italiana não tem interesse no setor a curto prazo.

Novas declarações de Domenicali à imprensa especializada confirmaram que a Ducati não fez nenhum progresso em relação às motocicletas elétricas. Acontece, de acordo com o anúncio oficial, que a bateria tem sido o maior obstáculo para a marca.

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Ducati 1299. Imagem: Ducati/Divulgação
Ducati 1299, um dos principais modelos da marca. Imagem: Ducati/Divulgação

“Digamos que neste momento a principal complexidade em fazer motocicletas elétricas com alto desempenho e autonomia está na bateria. Portanto, estamos acompanhando com muita atenção a evolução desse componente, e neste momento estamos avaliando quando e em que momento a quantidade de energia que pode ser armazenada em uma bateria fará de alguma forma um produto como uma moto elétrica em escala real utilizável”, explicou o CEO, detalhando que as fontes de energia de íon-lítio não “avançaram o suficiente” para fornecer o desempenho suficiente na criação de um veículo elétrico.

“Há uma evolução evidentemente importante, porque em comparação com, por exemplo, quinze anos atrás, houve uma mudança importante (…) e hoje, as baterias de lítio têm um alto desempenho, mas ainda não são capazes de armazenar uma quantidade suficiente de energia para manter o peso da moto no nível atual. Hoje, portanto, são necessários compromissos entre autonomia e peso”, declarou.

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Domenicali ainda disse que aguarda para “meados desta década” um passo importante no desenvolvimento de baterias, e atualizações ainda mais importantes para o “final dos anos 2020”.

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Embora Domenicali pareça admitir que a Ducati não consegue acompanhar a tecnologia de startups ou os fabricantes que já adotaram a produção de modelos elétricos, ele não nega que as motos elétricas podem ser uma adição benéfica à marca “no futuro”.

“Estou otimista com a característica [elétrica]: se deixarmos o peso de lado por um momento, o motor elétrico é muito esportivo, então certamente podemos fazer produtos com as características da nossa marca, que sempre esteve ligada ao desempenho e ao esporte. O mais relevante , agora, é [pensar] no momento da introdução”, conclui o CEO.

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Mesmo admitindo que não teve avanços impressionantes na criação de baterias capazes de suportar um veículo elétrico, a Ducati já está atrás de algumas concorrentes diretas, que parecem não ter tido nenhum problema com o aspecto. De acordo com o chefe de tecnologia (CTO) da também italiana Energica – que é considerada a principal empresa de motos elétricas da Europa -, um tipo de carregamento extremamente rápido está sendo implantado em vários modelos, capaz de abastecer 85% em 15 minutos. E também tem a Harley-Davidson, que anunciou recentemente um plano ambicioso de cinco anos, que inclui foco total em motos elétricas.

Fonte: Electrek

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