Noel Quinn, CEO do HSBC, afirmou que o banco não tem interesse em investir em bitcoins e outras criptomoedas no geral, e sequer em oferecer essa possibilidade aos seus clientes.

“Eu vejo o bitcoin mais como uma classe de ativos do que como um veículo de pagamentos, com questões muito difíceis sobre como avaliá-lo no balanço patrimonial dos clientes por ser tão volátil”, afirmou o CEO do banco, em entrevista à Reuters.

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A posição do HSBC vai na contramão dos principais concorrentes da instituição, como o Goldman Sachs, que relatou já ter iniciado as negociações com criptomoedas; e UBS Group que, segundo rumores, está explorando maneiras para oferecer as moedas digitais como produto de investimento.

Para Quinn, um dos principais motivos para não ter esse interesse é a alta volatilidade das moedas digitais.

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Um dos grandes exemplos dessa instabilidade é o bitcoin, que caiu quase 50% em relação a sua maior alta registrada em 2021. Nesta segunda-feira (24), o ativo digital foi negociado a US$ 37 mil (cerca de R$ 196 mil), mas há 40 dias o valor batia a marca de US$ 64 mil (mais de R$ 340 mil).

Ilustração de diversas criptomoedas
CEO do HSBC relata desinteresse em bitcoin e outras criptomoedas. Créditos: Shutterstock

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Quinn também relatou que o banco europeu, por enquanto, evitará também as “stablecoins” (moedas estáveis), como o tether. O tether, diferente do bitcoin, tenta evitar a volatilidade atrelando seu valor a ativos como o dólar americano, ou seja, possui a cotação pareada com o valor do dólar.

“Em seguida, vem as stablecoins, que possuem reservas para abordar questões de valor armazenado, mas depende de quem é a organização, além da estrutura e da acessibilidade da reserva”, concluiu Quinn.

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HSBC e as CBDCs

Noel Quinn apontou que acredita na força das moedas digitais do banco central (CBDCs, na sigla em inglês). “As CBDCs podem facilitar as transações internacionais em carteiras eletrônicas de forma mais simples. Elas eliminam os custos de fricção e tendem a operar de forma transparente e têm fortes atributos de valor armazenado”, disse.

O banco tenta acordos com diversos governos sobre a iniciativa das moedas digitais do banco central, incluindo China, Canadá, Emirados Árabes Unidos e Grã-Bretanha.

Dentre os países em conversa com o banco europeu, a China é considerada o com maior avanço na tecnologia, já realizando testes junto a bancos estatais. A economia chinesa também já iniciou investidas para uso internacional da CBDC, projeto este que o HSBC está envolvido.

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