Café pode não ser tão eficaz para te manter acordado, diz estudo

Gabriela Bulhões27/05/2021 21h53, atualizada em 27/05/2021 23h53
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Crédito: Shutterstock
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Quem nunca usou de um café para se manter acordado ao longo de um dia cheio de trabalho? A questão é que a cafeína nem sempre é a resposta, de acordo com um novo estudo da Michigan State University. Os pesquisadores do Laboratório de Sono e Aprendizagem da MSU, liderado pela professora Kimberly Fenn, avaliaram a eficácia do café na neutralização dos efeitos negativos da privação de sono na cognição. 

A novidade é que a cafeína só pode te ajudar até certo ponto. A pesquisa avaliou o impacto da cafeína após uma noite sem dormir. Nisso, mais de 275 participantes foram solicitados a concluir um comando simples de atenção, como a conclusão de tarefas em uma ordem específica, sem pular ou repetir etapas.

O estudo é o primeiro a investigar o efeito da cafeína – componente presente no café – na manutenção do local após um período de privação de sono. “Descobrimos que a privação de sono prejudica o desempenho em ambos os tipos de tarefas e que o consumo de cafeína ajuda as pessoas a realizarem com sucesso a tarefa mais fácil. No entanto, teve pouco efeito sobre o desempenho na tarefa de localização para a maioria dos participantes”, explicou Fenn.

O sono insuficiente é generalizado nos Estados Unidos, um problema que se intensificou durante a pandemia, segundo Fenn. Com isso, a falta constante de sono a afeta a cognição e também altera o humor, além de poder prejudicar a imunidade.

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“Embora as pessoas possam sentir que podem combater a privação de sono com café, seu desempenho em tarefas de nível superior provavelmente ainda estará prejudicado. Esta é uma das razões pelas quais a privação de sono pode ser tão perigosa”, complementou.

Inclusive, Fenn revelou que o estudo tem potencial para informar tanto a teoria quanto a famosa prática de tomar café: “Se tivéssemos descoberto que a cafeína reduziu significativamente os erros de procedimento em condições de privação de sono , isso teria amplas implicações para os indivíduos que devem realizar procedimentos de alto risco com sono insuficiente, como cirurgiões, pilotos e policiais.”

Fonte: Medical Xpress

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Redator(a)

Gabriela Bulhões é redator(a) no Olhar Digital