Nesta quarta-feira (2), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou que a produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) nacional irá permitir a entrega de 50 milhões de doses da vacina contra Covid-19 ainda este ano. Conforme a fundação, foi firmado um novo acordo com a AstraZeneca para a importação do insumo para mais 50 milhões de doses, totalizando 100 milhões de doses a serem entregues no segundo semestre.

“As 110 milhões foram uma estimativa com os dados que tínhamos antes mesmo de a vacina ser aprovada, antes de várias etapas terem acontecido e os problemas iniciais com o IFA”, explicou a presidente da fundação, Nísia Trindade reforçou que a Fiocruz trabalha para conseguir mais IFA e com isso, produzir mais vacinas.

Isso porque a projeção inicial da fundação em 2020 era a produção de 110 milhões de doses com IFA nacional para o ano seguinte. “Nosso esforço é por IFA adicional, e isso já está contratualizado. Um esforço para mais IFA, se for possível, porque há uma carência [internacional]. Essa vacina está sendo usada em 170 países”, argumentou Trindade.

Além disso, a Fiocruz assinou o acordo de transferência de tecnologia com a AstraZeneca para garantir a produção de IFA nacional. Até o fim do próximo mês, serão entregues 100,4 milhões de doses produzidas com IFA importado. Outro ponto é a busca reduzir a possibilidade de haver uma interrupção de entregas.

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O diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, contou que as alternativas estão sendo avaliadas para que mais vacinas sejam disponibilizadas para toda a população: “À medida em que a gente foi conhecendo melhor o processo, detalhando melhor os protocolos de produção e conhecendo melhor os rendimentos, à medida que a gente foi tendo essas informações, a gente teve uma capacidade maior de fazer uma previsão mais precisa.”

Porém, a dificuldade de fixar previsões de doses ainda existe. Ele pontou que “vai depender do rendimento que a gente vai conseguir do IFA, o IFA varia lote a lote, tem concentrações virais diferentes, volumes diferentes, e isso pode gerar mais ou menos doses”.

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Fonte: Agência Brasil

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