O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou poucas horas antes da Conferência Mundial de Desenvolvedores da Apple que a rede social lançará uma plataforma que mostra aos criadores como as diferentes taxas cobradas afetam a receita de suas invenções.
Segundo o site The Verge, o criador do Facebook não confirmou qual a data de lançamento da nova ferramenta. No entanto, deixou claro que eventos on-line pagos, assinaturas de fãs, emblemas e os “próximos produtos de notícias independentes” se manterão gratuitos para criadores até 2023.
A iniciativa faz parte da política adotada pelo Facebook em agosto, onde a empresa prometeu não cobrar por estes recursos até “pelo menos” 2021. Zukerberg também apontou que a empresa futuramente introduzirá uma participação nos lucros, mas será menos do que os 30% que a Apple e outros cobram.
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A briga entre Facebook e Apple é antiga
Com a chegada do iOS 14.5 nos iPhones no final de abril, aplicativos como Facebook e Instagram foram forçados a pedir permissão aos usuários para rastrear atividades em outros sites e apps. Mas para evitar que os indivíduos recusem a coleta de dados dos aplicativos, as redes sociais de Mark Zuckerberg ameaçaram tornarem seus serviços pagos.
Nas mensagens com os novos termos de uso de Facebook e Instagram, os apps reforçam que as atividades coletadas em outros sites e aplicativos ajudam a manter os serviços “livres de cobrança”.
Zuckerberg manifestou seu descontentamento com a nova política da Apple. Isso porque o App Tracking Transparency, disponibilizado no iOS 14.5, exige que os apps peçam permissão para coletar os dados dos usuários, o que pode limitar a prática. Consequentemente, a ferramenta vai afetar o disparo de anúncios personalizados, que corresponde a 97% dos valores obtidos anualmente pelo Facebook.
Em janeiro, Mark Zuckerberg afirmou que a medida da Apple claramente visa “seus interesses competitivos”, além de prejudicar negócios de empresas menores no Facebook e no Instagram.
O CEO do Facebook afirmou ainda que o App Tracking Transparency poderá encarecer a internet, já que diversos apps gratuitos, dependentes da publicidade, poderão se tornar pagos pela diminuição das receitas.
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