Calendários distintos de imunização provocam migração por vacinas

Por Carolina Alves, editado por Lyncon Pradella 23/06/2021 15h28
Calendários distintos de imunização provocam migração por vacinas
Calendários distintos de imunização provocam migração por vacinas. Créditos: Shutterstock
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Pensando na oportunidade de ficar imunizado com um pouco mais de antecedência e se sentir mais seguro no retorno às atividades, muitas pessoas têm saído da própria cidade para se vacinar contra a Covid-19 em locais onde a campanha está mais adiantada.

De acordo com a Agência Brasil, algumas cidades, como o Rio de Janeiro, não exigem comprovante de residência. Na cidade carioca, o índice de doses aplicadas em pessoas residentes em outras cidades ou estados é de cerca de 10%, entre a primeira e a segunda dose. Para a prefeitura do Rio, o SUS é universal e é legítimo que as pessoas possam se vacinar em todo o território nacional sem restrição devido ao endereço.

Calendários distintos de imunização provocam migração por vacinas
Calendários distintos de imunização provocam migração por vacinas. Créditos: Shutterstock

Luisa Menegaz, moradora do Distrito Federal, está no grupo dos que se deslocaram pela vacina. Gestante, ela tentou diversas vezes se vacinar em Brasília, mas acabou indo para a cidade de Anápolis, em Goiás.

Já o advogado Cristiano Teles destaca a possibilidade de estados e municípios restringirem a vacinação aos moradores da região, porque o esquema é regionalizado.

Foi o que aconteceu em São Luís, no Maranhão. A cidade já vacinou 80% da população com a primeira dose, mas para ser vacinado na capital maranhense é necessário apresentar comprovante de residência. A orientação é dada também pela própria Secretaria de Saúde do estado. Outros municípios brasileiros estão adotando esse mesmo critério para imunização da população.

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Já no estado de São Paulo, não há uma diretriz para que as vacinas sejam aplicadas apenas em moradores. De acordo com o governo, cada município tem autonomia parar atuar e conduzir a vacinação da forma como considerar conveniente.

O Ministério da Saúde destaca que se vacinar é um direito a ser garantido a toda população, sem discriminação. Mas, lembra que estados e municípios têm autonomia para traçar a própria estratégia de imunização, conforme as demandas locais.

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Redator(a)

Carolina Alves é redator(a) no Olhar Digital

Lyncon Pradella
Ex-editor(a)

Lyncon Pradella é jornalista formado pela Universidade Nove de Julho. Foi estagiário da RedeTV! e repórter freelancer do UOL antes de se tornar Editor do Olhar Digital.

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