Nos primeiros minutos do dia 23 de junho de 1998, morria José Luiz da Costa, o Leandro da dupla sertaneja Leandro & Leonardo. Na época, o falecimento do cantor, após 65 dias enfrentando um câncer incomum, gerou comoção nacional. O tumor de Askin, que ocasionou a morte de Leandro é muito raro em crianças e mais ainda em adultos.

No caso das crianças, existe uma estatística de cura de 30% a 40%. Mas, pela falta de exemplos médicos, esses resultados não podem ser transpostos para os adultos.

TC de tórax: tumor com contornos especulados em ápice pulmonar direito sem contato com a pleura. Imagem: archbronconeumol.org

Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, esse câncer é geralmente demonstrado como massas extra-pulmonares com ou sem destruição de costelas, frequentemente associadas a derrame pleural. 

Na tomografia computadorizada, observa-se uma massa em parede com extensão intratorácica, sendo que a lesão é geralmente heterogênea, devido à hemorragia e necrose.

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Causas do tumor de Askin

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Askin é um tumor de células primitivas neuroectodérmicas, o que não quer dizer que seja congênito, como havia sido afirmado pela equipe médica de Leandro na ocasião da divulgação de sua doença.

Elas estão presentes em todo ser humano e dão origem às células nervosas no desenvolvimento embrionário. São células do sistema nervoso periférico.

Ocorre que, em certo momento da vida de algumas pessoas, essas células começam a se reproduzir e chegam a gerar o tumor.

Provavelmente, o fenômeno se deve a alguma causa externa, que pode ser o fumo, um vírus, um contato com agrotóxico ou irradiações, mas nada comprovado. Na ocasião da morte de Leandro, cogitou-se seu hábito de fumar como causador da doença e também sua exposição a agrotóxicos na época em que trabalhava em plantações de tomate, em Goiás.

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Tratamento para o câncer de Askin

O câncer de Askin é um tumor neuroectodérmico primitivo periférico (PPNET). Esse tipo de tumor requer erradicação no local primário, com cirurgia e radioterapia. 

Em locais metastáticos ou micrometastáticos, usa-se a quimioterapia. Quase todos os pacientes apresentam doença micrometastática (que não pode ser detectada pelos métodos habituais) ao diagnóstico. Logo, necessitam de quimioterapia seguida de cirurgia para retirada ou radioterapia individualizada. 

Ainda não está estabelecida a melhor forma de controle local: cirurgia ou radioterapia. Para obter-se um resultado satisfatório, é necessária a combinação racional das modalidades de tratamento.

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