Variante Delta se ‘agarra’ mais facilmente às células do corpo, diz especialista

Tamires Ferreira24/06/2021 14h26, atualizada em 25/06/2021 12h25
Variante Delta. Imagem: Shutterstock
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De acordo com o Dr. Jacob John, que estuda vários vírus no Christian Medical College, em Vellore, no sul da Índia, a variante Delta, conhecida também como B.1.617.2 e que foi detectada pela primeira vez na Índia, é um subtipo do coronavírus que se espalha mais facilmente devido a sua mutação, que a torna mais ágil ao “agarrar” as células do nosso corpo.

Segundo o Medical Xpress, no Reino Unido, a variante já é responsável por 90% dos casos de infecções e nos Estados Unidos já representa 20% das infecções.

Durante uma coletiva de imprensa na última sexta-feira (18), a cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Dra. Soumya Swaminathan, afirmou que “a variante Delta está a caminho de se tornar a variante globalmente dominante por causa de sua transmissibilidade significativamente aumentada.”

Variante Delta se ‘agarra’ mais facilmente às células do corpo, diz especialista. Imagem: Shuterstock

A cepa já pode ser encontrada em 80 países e, de acordo com um outro estudo, a Delta pode ser até 60% mais contagiosa do que a variante Alpha, identificada pela primeira vez no Reino Unido. No entanto, segundo o Dr. John, ainda não podemos afirmar que a variante deixa as pessoas mais doentes, apesar do seu alto grau de transmissibilidade.

Mutações em vírus não é uma novidade e não é tão preocupante, já que se trata de uma ação natural. Porém, existem variantes que se tornam, de certo modo, mais fortes e contagiosas porque passam por uma evolução que as modificam e as tornam capaz de causar doenças mais graves e até de escapar da ação das vacinas.

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Atualmente, estudos têm mostrado que as vacinas desenvolvidas têm grande eficácia contra as cepas do coronavírus. No entanto, a importância de tomar as duas doses, no caso dos imunizantes fragmentados, como as vacinas da AstraZeneca e Pfizer, é primordial. Segundo uma pesquisa realizada na Inglaterra, pessoas que tomaram apenas uma dose da vacina não alcançaram proteção total contra a doença.

Com isso, especialistas alertam para a importância de receber as duas aplicações, bem como chamam atenção para as autoridades e responsáveis pelos tramites da vacina, que precisam, de forma rápida, ser globalmente acessíveis.

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Tamires Ferreira
Redator(a)

Tamires Ferreira é jornalista formada pela Fiam-Faam e tem como experiência a produção em TV, sites e redes sociais, além de reportagens especiais. Atualmente é redatora de Hard News no Olhar Digital.