A vacina indiana Covaxin entrou em pauta nos últimos dias após ser incluída na CPI da Covid. O imunizante indiano teve doses encomendadas pelo Brasil e foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com restrições após o laboratório Bharat Biotech cumprir exigências sanitárias feitas pelo órgão depois de uma recusa inicial.

Um dos pontos mais polêmicos é a falta de interesse do mercado internacional na aquisição das doses, além do Brasil, a vacina foi comprada por apenas outros 12 países. São eles: Índia, México, Irã, Paraguai, Ilhas Maurício, Nicarágua, Mianmar, Zimbábue, Guatemala e Filipinas, Nepal e Botsuana.

Apesar de ter a importação aprovada pela Anvisa, o órgão permitiu que apenas 4 milhões de doses do imunizante sejam aplicadas, contra 20 milhões do pedido original. A ideia da agência é que a vacina seja oferecida para 1% da população.

Detalhes sobre a Covaxin

Uma das exigências da Anvisa é que o laboratório apresente mais dados sobre os resultados dos estudos e o acompanhamento dos vacinados por pelo menos dois meses, já que nos testes isso ocorreu apenas por 45 dias. Até que isso aconteça, a Covaxin deve ser usada apenas em pessoas com mais de 18 anos e menos de 60 que não apresentem comorbidades.

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Em relação à eficácia, os testes preliminares revelaram uma proteção de 78% contra casos sintomáticos e de 100% contra casos graves. A pesquisa contou com mais de 25 mil voluntários na Índia e a fase 3 ainda está em andamento.

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O modelo usado para fabricação do imunizante é com vírus inativo, assim como a CoronaVac. Esse formato é o mais tradicional de produção de vacinas e usa amostras do vírus morto, incapaz de causar infecção, mas que induz o corpo humano a gerar anticorpos contra a doença.

Assim como a maioria das outras vacinas contra a Covid-19, a Covaxin é aplicada em duas doses com um intervalo de cerca de 28 dias entre elas. Ainda não foram apresentados dados de imunogenicidade e tempo de proteção para a vacina.

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