Covid-19: Pesquisadores brasileiros criam teste que detecta doença em 3 segundos

Flavia Correia26/06/2021 13h01, atualizada em 26/06/2021 13h24
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Imagem: Divulgação - Universidade Estadual de Maringá (PR)
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Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM-PR), em parceria com a empresa Gluco Scan, desenvolveram uma tecnologia capaz de detectar o novo coronavírus, causador da Covid-19, em apenas 3 segundos. Batizado de SpectroCheck, para funcionar ele é incluído em um aparelho portátil analisador de espectro. O teste tem precisão estimada de 90% e pode ser uma excelente ferramenta para detectar a doença em locais com grande fluxo de pessoas, como eventos, feiras ou festas. 

Entenda como é feito o diagnóstico 

Segundo o estudo, o diagnóstico é feito por meio da saliva do indivíduo, coletada com um dispositivo de plástico. No interior do recipiente, existe uma espécie de filtro que mede a fotometria das moléculas da amostra. Assim, o diagnóstico é concluído com base na análise da incidência de luz sobre o material. 

SpectroCheck
Demonstração de como é feito o teste de Covid-19 com o SpectroCheck.
Imagem: Divulgação UEM

De acordo com a UEM, a margem de erro é de 2,5% para mais ou para menos, e o aparelho tem uma tecnologia bem próxima da RT-PCR, avaliada como padrão ouro na detecção da Covid-19.

No caso do RT-PCR, a recomendação é de que a análise seja feita a partir do terceiro dia da manifestação sintomas ou do contato com infectados. Já em relação ao novo teste em questão, os estudiosos ainda não divulgaram qual é o melhor momento para a aplicação.

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Até agora, o teste mais rápido para detecção da doença é o de antígeno que sai em até 15 minutos, mas a precisão não é tão boa quanto a prometida pelo aparelho desenvolvido pelos pesquisadores de Maringá. Inclusive, o Ministério da Saúde já informou que os resultados negativos do teste de antígeno tem uma margem de erro próxima de 75%. 

Novo teste de Covid-19 aguarda liberação da Anvisa

A pesquisa contou com a participação de 970 pessoas ao longo de maio, e os responsáveis , agora, aguardam liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para disponibilizar a tecnologia no SUS.

Se aprovada, a ferramenta será uma grande aliada do sistema de saúde para agilizar a identificação de casos, tendo em vista que é possível realizar mais de mil detecções por dia.

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Flavia Correia
Redator(a)

Jornalista formada pela Unitau (Taubaté-SP), com Especialização em Gramática. Já foi assessora parlamentar, agente de licitações e freelancer da revista Veja e do antigo site OiLondres, na Inglaterra.