O Google Maps removeu dois mapas personalizados que exibiam endereços de ativistas que são contra a monarquia na Tailândia. O documento era usado como uma forma de intimidação. A ferramenta foi criada para que usuários possam criar mapas com rotas e locais personalizados, mas passou a ter um uso político no país asiático.

O caso foi revelado em uma matéria da Reuters, os mapas já não estão mais no ar, mas tiveram mais de 350 mil visualizações enquanto estavam online. Os criadores do documento são ativistas pró-monarquia e disseram para a agência de notícias que listaram os endereços como uma forma de fazer pressão psicológica e desencorajar os manifestantes contrário ao governo do rei Vajiralongkorn.

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Mapas personalizados no Google Maps da Tailândia

De acordo com a reportagem, uma versão de um dos mapas incluía os nomes e endereços de quase 500 pessoas, muitas delas estudantes, junto com suas fotos em uniformes universitários ou de colégio. Os rostos estavam cobertos por quadrados pretos com o número 112, referindo-se ao artigo do código penal do país que torna o insulto ou difamação da monarquia punível com até 15 anos de prisão.

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“Quando cada um de nós vê algo ofensivo postado nas redes sociais, colocamos no mapa”, disse Songklod “Pukem” Chuenchoopol, um dos criadores do mapas personalizado do Google na Tailândia. O ativista disse que o conteúdo deles veio de uma pesquisa pública.

“Temos políticas claras sobre o que é aceitável para conteúdo do My Maps gerado pelo usuário. Removemos mapas gerados por usuários que violam nossas políticas”, disse o Google sobre a ação com os mapas personalizados na Tailândia. A empresa deve criar um sistema de moderação mais rígido para esse tipo de conteúdo no país.

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