Um grupo de pesquisadores da área de oncologia estão trabalhando no desenvolvimento de novas estratégias de combate ao câncer baseadas em vírus oncolíticos. Esses são “vírus bons”, que têm o potencial de infectar, replicar e causar a morte de células cancerosas. Em particular, a equipe estudou o potencial do vírus H-1PV, que tem sido chamado de “destruidor de câncer”.

Esse vírus pode se ligar a células cancerosas, entrar nelas e, posteriormente, causar sua lise e morte. No centro desse processo, estão as lamininas, uma família de proteínas na superfície de uma célula cancerosa, que é a porta de entrada dos vírus para as células cancerosas. Os resultados preliminares foram publicados na prestigiada revista Nature.

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Segundo o Medical Xpress, essas pesquisas carregam uma série de implicações significativas para o avanço de estratégias de combate ao câncer baseadas em vírus, no que pode significar a construção de terapias alternativas e inovadoras no tratamento de tumores.

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A maior das vantagens dos vírus oncolíticos é o fato de eles terem a capacidade de infectar e matar apenas as células tumorais, não atingindo células de tecidos saudáveis. Contudo, apesar de seu grande potencial clínico, esses vírus não seriam usados como um tratamento autônomo contra o câncer, já que não é capaz de provocar a regressão completa de um tumor.

Cada caso é um caso

Vírus da Zika ampliado
Alguns tipos de tumores “facilitam” o trabalho dos vírus oncolíticos. Crédito: Wikimedia Commons

Isso acontece por conta do grau de das diferentes respostas e níveis de sensibilidade dos pacientes ao tratamento. Logo, é importante que os médicos consigam determinar quais pacientes são vítimas de tumores cujas características genéticas os tornam vulneráveis aos vírus, já que eles têm uma maior probabilidade de se beneficiar dessa nova abordagem contra o câncer.

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Com isso em mente, os pesquisadores buscaram elucidar as características principais das células cancerosas hospedeiras que facilitassem o processo de infecção por parte dos vírus oncolíticos. Isso deve permitir que os processos de replicação dos vírus e morte das células possam ser ainda mais eficientes.

Por enquanto, os estudos ainda são bastante embrionários, mas animadores, já que podem ser uma alternativa interessante de tratamento auxiliar alternativo, para determinados tipos de câncer, em determinados perfis de pacientes.

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