A Pfizer se reuniu com autoridades dos Estados Unidos na última segunda-feira (12) para discutir a necessidade de uma dose extra da vacina contra a Covid-19. Segundo informações da CNN, a decisão e orientação federal a respeito da terceira dose não aconteceu nesse encontro, sendo ela apenas um início das discussões vista como uma ‘reunião cortesia’.

Na semana passada, a Pfizer reiterou a necessidade de um reforço vacinal contra a Covid-19 após constatar com base em evidências que existe um alto risco de reinfecção após seis meses da imunização, visto que a variante Delta, a mais contagiosa das cepas, tem se espalhado rapidamente e, de acordo com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, será predominante de forma mundial em breve.

O intuito da farmacêutica é pedir autorização a Food and Drug Administration (FDA) – Anvisa dos EUA – para o uso emergencial da dose de reforço. A empresa planeja enviar o pedido em agosto.

Profissional da saúde com ampola da Pfizer e seringa
Covid-19: Pfizer se reúne com EUA para discutir dose de reforço da vacina. Imagem: Pfizer/lakshmiprasada S/Shutterstock

“A vacina da Pfizer é altamente efetiva contra a variante Delta. Mas após seis meses, provavelmente há o risco de reinfecção à medida que os anticorpos caem, como já era previsto”, disse o diretor científico da Pfizer, Mikael Dolsten, em entrevista.

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De acordo com a Reuters, a Pfizer não publicou o conjunto completo de dados sobre a queda de eficácia da vacina já vista em Israel, mas afirmou que eles seriam publicados em breve.

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Aplicar ou não a terceira dose?

Alguns especialistas da própria FDA não acreditam na necessidade de uma terceira dose agora. “Os americanos que foram totalmente vacinados não precisam de uma dose de reforço neste momento”, disse o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e o FDA. “FDA, CDC e NIH (os Institutos Nacionais de Saúde) estão envolvidos em um processo rigoroso com base científica para considerar se ou quando um reforço pode ser necessário.”

O especialista em doenças infecciosas do governo norte-americano, Anthony Fauci, também não acredita na viabilidade do uso emergencial de vacinas para reforço neste momento.

“Diante dos dados e das informações que temos, não precisamos dar às pessoas uma terceira injeção, um impulso, sobreposta às duas doses que você obtém com o mRNA (vacina Pfizer / BioNTech e Moderna) e a única dose que você recebe (Johnson & Johnson)”, afirmou ele a Jake Tapper durante o programa “State of the Union” da CNN americana.

O imunologista também indicou que estudos estão sendo desenvolvidos para avaliar se e quando os EUA irão recomendar um reforço vacinal.

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