A Amazon Games lançará, nesta terça-feira (20), o teste Beta Fechado da sua primeira grande empreitada no mundo dos jogos eletrônicos: MMORPG ‘New World’, anunciado inicialmente em 2016 e com previsão de lançamento final para 31 de agosto. Será a oportunidade para os jogadores cadastrados se aventurarem antes de todo mundo na ilha de Aeternum.

Quer dizer, na verdade, não “todo mundo”. A Amazon Games convidou diversos veículos de imprensa especializados, incluindo o Olhar Digital, para jogar a versão Alpha de ‘New World’ e experimentar alguns dos recursos mais avançados, como a Expedição e a Investida no Posto Avançado. E vamos contar para você o que achamos.

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Antes, um pouco de história. Em ‘New World’, o jogador encarna um explorador preso na ilha de Aeternum. A região tem sido, por séculos, cercada por mistérios e acontecimentos fantásticos. Inicialmente sem recursos, cabe ao jogador tentar sobreviver e encontrar aliados, na medida em que desenrola a história do lugar.

A partir desta terça (20), que fez a pré-compra de 'New World' já poderá conhecer Aeternum. Imagem: Amazon Games/Divulgação
A partir desta terça (20), que fez a pré-compra de ‘New World’ já poderá conhecer Aeternum. Imagem: Amazon Games/Divulgação

A primeira coisa que me chamou a atenção é que, apesar do já familiar cenário de fantasia, ‘New World’ não pega elementos emprestados do período medieval da Europa como a maior parte dos games do gênero. Toda estética da arquitetura, armas e armaduras vem de outro período, o da Expansão Marítima, entre o século XV e o século XVI. Por isso, os personagens de ‘New World’ se parecem muito mais com navegadores europeus, exploradores e piratas do que com cavaleiros. Só isso já traz ao jogo um chame especial.

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Ao entrar nesse novo mundo, sua primeira tarefa é criar um personagem. Na versão Alpha apresentada à imprensa, ‘New World’ conta com duas opções de gênero (feminino e masculino) e algumas opções de rostos pré-definidos, tonalidade de pele, cabelos, cor dos olhos, pelos faciais, marcas, sardas e cicatrizes, além de tatuagens. Não é muita coisa, mas também não está muito longe dos seus concorrentes MMORPG.

De saída, seu personagem terá cinco pontos em cada um dos atributos principais (Força, Destreza, Inteligência, Foco e Constituição), além de alguns extras que você poderá distribuir conforme achar relevante. Cada vez que seu personagem passar de nível, você recebe um Ponto de Atributo para gastar no atributo que escolher – até o limite de 195 pontos. Armas e armaduras contribuem para aumentar esses pontos, mas qualquer coisa além do 100 faz pouca diferença.

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Criado o seu aventureiro, rapidamente ele se vê em meio a um naufrágio, na costa de Aeternum. Essa é a clássica hora de aprender a jogar. Com missões simples, o jogo te ensina a combater inimigos (inicialmente, fantasmas de outros náufragos), coletar material e criar itens. Em ‘New World’ não existem classes de personagens definidas, como guerreiro, mago, ladrão etc., você define a “profissão” do seu aventureiro com as suas ações. Usar um determinado tipo de armas lhe dará pontos de experiência nela que desbloquearão ações especiais, da mesma forma coletar um tipo de material ou construir determinados itens.

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O que determinará sua proficiência são os pontos nas Habilidades Mercantes. Elas se dividem em Habilidades de Coleta (Mineração, Esfolamento, Extração de Madeira, Pesca e Colheita), Habilidades de Refinamento (Fundição, Cantaria, Carpintaria, Curtume e Tecelagem) e Habilidades de Confecção (Forjamento de Armas, Forjamento de Armaduras, Confecção de Joias, Engenharia, Arcana, Culinária e Mobília). Passar de nível desbloqueia mais receitas e versões mais poderosas delas de cada habilidade.

New World
Você pode ser um guerreiro, mas também um excelente ferreiro em ‘New World’. Amazon Games/Divulgação

As armas, armaduras e outros itens que você confecciona podem ser usados por você mesmo ou pelo seu grupo, garantindo bônus e vantagens no combate. Ou você pode ceder ao capitalismo e vender suas criações nos mercados de Aeternum e tirar um bom lucro.

A mesma lógica se aplica às armas. Usar um determinado tipo de arma em combate, desde a clássica espada até o moderno mosquete, resulta em ganho de EXP para a maestria daquela arma. Todas as armas do jogo podem ser dominadas, independente da evolução do seu personagem. Cada Maestria em Armas tem 2 Árvores de Habilidades, e cada uma delas tem uma seleção de habilidades ativas, modificadores passivos e bônus que são exclusivos da arma.

Ou seja, se não é possível variar seu personagem na aparência, as habilidades de cada um podem ser radicalmente diferentes. E se não existem classes de personagens, existem facções. Presos num ciclo de vida, morte e ressurreição, os habitantes da ilha se dividem em três grupos rivais: Saqueadores, Sindicato e Aliança. Escolher seu lado nesta briga influencia sua interação com os NPCs e no combate com outros jogadores. O PvP de ‘New World’ será bastante concentrado no controle de território entre essas facções.

“Jogadores têm impacto direto no que acontece em Aeternum”, explica David Verfaillie, diretor criativo da Amazon Games. “Eles podem tomar assentamentos, o que dará para àquela facção benefícios únicos, seja mais armazenamento, a possibilidade de viagens rápidas ou até melhores bancadas para criar itens. Eles podem até ajustar os impostos daquela região, então alguns jogadores podem ser benevolentes, enquanto outros são mais tirânicos”, conta.  

Parte dessa disputa se dará em eventos como a Investida do Posto Avançado. Estas batalhas de 20 vs. 20 transformam ‘New World’ quase que num novo jogo. Duas facções se enfrentam e devem ocupar por mais tempo três bases no mapa. Os jogadores podem se dividir entre os que partem para o confronto aberto para ocupar esses espaços e os que coletam recursos ao redor para fortificar as bases ocupadas. É quase como um MOBA que você joga com seu próprio personagem criado.

New World
No Ataque ao Posto Avançado, o filho chora e a mãe não vê. Imagem: Amazon Games/Divulgação

Se você decidir partir para o ataque, é muito parecido com qualquer outro modo de jogo de controle de território: elimine seus adversários e fique no local tempo suficiente para converter aquela bandeira para você. Indiretamente, você pode ajudar seu time colhendo recursos em volta da base, como madeira, pedra ou couro dos animais, ou até “farmando” com os NPCs que também ocupam o cenário. Morreu? Pode escolher se volta para a base ou para algum dos pontos ocupados.

Já para ganhar muitos pontos de experiência e itens épicos, a melhor opção são as Expedições: dungeons que combinam quebra-cabeças e chefões, que podem ser feitas com um grupo de três a cinco jogadores. Na sessão preparada para a imprensa pela Amazon Games, pudemos experimentar a Expedição de Lázaro, uma das mais avançadas de ‘New World’, recomendada para o level 60.

Nestas masmorras, é recomendado chegar com o time bem entrosado, com papéis definidos para os tanques, healers, atiradores etc. Só o trabalho em grupo, coordenado, pode trazer o sucesso para a aventura. À medida em que se avança pelo cenário, é possível desbloquear pontos de ressurreição, para quando o pior acontece e seu personagem se vê sobrepujado pelos inimigos. Seis expedições estarão disponíveis no lançamento do jogo.

O Jardim do Gênesis é uma das Expedições disponíveis no lançamento de ‘New World’. Imagem: Amazon Games/Divulgação

‘New World’ ainda terá outros dois modos: Invasões e Guerra. O primeiro é um ataque a um território controlado por um jogador por hordas de inimigos NPC. Grupos de 50 jogadores podem se unir para combater ondas de monstros atacantes – em caso de derrota, o assentamento recebe um downgrade. A Guerra é o ápice do PvP, com equipes de 50 jogadores atacantes e defensores lutando diretamente. O resultado desses confrontos determina que companhia controla o território ou assentamentos contestados, mudando radicalmente o panorama de Aeternum a favor daquela facção. Se a companhia que atualmente controla o assentamento se defender com sucesso dos invasores, ela mantém o controle do assentamento. Mas, se os atacantes vencerem, eles assumem o controle.

Jogadores poderão ter ainda suas próprias casas em Aeternum. Além de servir como espaço pessoal, uma residência servirá como ponto de início para novas campanhas, local de armazenamento para itens adicionais (especialmente aquela arma épica que você encontrou na Expedição, não usa, mas também não quer vender) e seus troféus, que te darão benefícios globais e bônus no game.

"Minha Casa, Minha Vida" versão Aeternum. Imagem: Amazon Games/Divulgação
“Minha Casa, Minha Vida” versão Aeternum. Imagem: Amazon Games/Divulgação

‘New World’ inicia seu teste Beta Fechado nesta terça-feira (20), e segue até 2 de agosto. O game será lançado para PC em 31 de agosto e está em pré-venda no Steam e no site oficial da Amazon Game Studios. A Edição Standard (R$ 75,49) dá direito a acesso ao Beta Fechado do game, que começa no dia 20 de julho, além dos itens bônus “Amuleto de Isabella”, um título exclusivo, o emoji “Soquinho” e um conjunto de brasões de guilda.

A Edição Deluxe (R$ 93,99) inclui os mesmos bônus e o conjunto com o visual de armadura e machadinha do “Lenhador”, um pet “Mastim” (desbloqueado no nível 20 no jogo), o conjunto de emojis Pedra/Papel/Tesoura e um livro de arte digital do ‘New World’.

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