Uma nova abordagem para o tratamento de câncer de mama eliminou entre 95% e 100% das células cancerosas em modelos de camundongos. As células utilizadas nos testes eram de câncer de mama humano, tinham receptores de estrogênio positivo e metástases para os ossos, cérebro, fígado e pulmões dos animais.

O tratamento utiliza uma droga experimental chamada ErSO, segundo os pesquisadores, o medicamento reduziu rapidamente grandes tumores a níveis indetectáveis. A pesquisa foi liderada por cientistas do campus de Urbana-Champaign da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, e os resultados foram publicados na revista Science Translational Medicine.

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Tratamento não gerou efeitos colaterais em modelos animais. Imagem: unoL – Shutterstock

De acordo com o professor de bioquímica e líder da equipe de pesquisa, David Shapiro, mesmo quando algumas células do câncer de mama sobrevivem e permitem que tumores voltem a crescer, eles não criam “anticorpos” contra o ErSO, o que permite um segundo tratamento com a mesma abordagem.

A atividade do medicamento depende de uma proteína receptora do estrogênio, que está presente em uma parte considerável dos tumores de mama. No momento em que o ErSO se liga à essa proteína, ele ataca uma via celular que tem a função de proteger as células cancerosas de drogas anticâncer convencionais, deixando-as mais vulneráveis ao tratamento.

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Diferente de tudo

A nova abordagem não tem nada em comum com as drogas atualmente usadas no tratamento de cânceres com receptores de estrogênio positivos. Segundo Shapiro: “Esta não é outra versão do tamoxifeno ou fulvestrant, que são usados para bloquear a sinalização do estrogênio no câncer de mama”, mesmo que o ErSO se ligue aos mesmo receptores que o estrogênio se liga.

A principal diferença entre as abordagens está no alvo a ser atingido, já que a nova abordagem busca atingir um local diferente no receptor de estrogênio e ataca uma via celular protetora que já está ativada nas células cancerosas. Como 75% dos casos de câncer de mama têm receptores de estrogênio, o ErSO tem potencial contra as formas mais comuns de câncer de mama.

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Outros estudos, também com modelos animais, mostraram que a exposição à nova abordagem não teve efeitos colaterais sobre o desenvolvimento reprodutivo. Além disso, o composto foi bem tolerado em camundongos, ratos e cães, que receberam doses maiores do que o necessário para a eficácia terapêutica do medicamento.

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Com informações do Medical Xpress

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