Ser rico perto dos 50 pode significar uma vida mais longa, aponta estudo

Edson Kaique Lima26/07/2021 23h56, atualizada em 27/07/2021 00h48
Homem de Meia Idade com um jovem ao fundo
Crédito: imtmphoto/Shutterstock
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Ter uma reserva de patrimônio é algo sabidamente importante para se garantir uma boa saúde, principalmente na velhice, quando os gastos para se garantir uma melhor qualidade de vida costumam ser maiores. Uma nova pesquisa, porém, mostrou que quando se “fica rico” pode ter influência em quão longa será a vida de uma pessoa.

O primeiro grande estudo sobre riqueza e longevidade, comandado por pesquisadores da Universidade Northwestern, no estado americano de Illinois, analisou o patrimônio líquido dos estadunidenses na chamada “meia-idade” de adultos, que por lá são exatos 46 anos e 7 meses, e suas taxas de mortalidade exatos 24 anos depois.

Os pesquisadores conseguiram descobrir que aqueles que eram mais ricos na meia idade, tinham a tendência a ter uma vida mais longa, isso aconteceu até mesmo quando a comparação foi feita entre irmãos e pares de gêmeos. Os dados utilizados pela equipe de pesquisa foram fornecidos pelo projeto Meia-Idade nos Estados Unidos (Midus), que é um estudo longitudinal sobre envelhecimento.

Tendo como base os dados da primeira onda de coleta do Midus, entre 1994 e 1996, até informações colhidas em 2018, os pesquisadores usaram modelos de sobrevivência para analisar a associação entre patrimônio líquido e o quão longa é a vida de uma pessoa. Para separar adequadamente fatores genéticos e de riqueza, a amostra foi segmentada em subconjuntos de irmãos e gêmeos.

Mais ricos vivem mais

Duas irmãs gêmeas
Crédito: BBS Studio Photo/Shutterstock

Na amostra completa, mais de 5.400 adultos, o maior patrimônio líquido foi associado a menor risco de mortalidade. Dentro do conjunto de irmãos e pares de gêmeos, que totalizou 2.490 pessoas, eles estabeleceram uma associação semelhante, com os irmãos mais ricos tendo uma vida mais longa que os irmãos mais pobres.

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Segundo os pesquisadores, isso denota que a conexão entre riqueza e longevidade por ser casual, e não um reflexo de características hereditárias ou genéticas que se agrupam nas famílias. Ou seja, quanto mais rico se é perto dos 50 anos, maior a tendência de se ter uma vida mais longa, já que comparar os dados de irmãos controla experiências de vida e fatores genéticos.

Com informações do MedicalXpress

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Redator(a)

Edson Kaique Lima é redator(a) no Olhar Digital